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Vídeo: pinguim é resgatado em praia de Niterói

Animal estava sozinho e aparentava cansaço. Ele foi levado para o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos



Foto: Divulgação/Niterói Hoe
Foto: Divulgação/Niterói Hoe


Um pinguim foi resgatado na manhã deste sábado (13), na praia de Jurujuba, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Veja as imagens abaixo. O animal estava sozinho e foi encontrado por um grupo de praticantes de canoa havaiana no meio do mar. Segundo o clube de canoa havaiana Hoe Niterói, envolvido no resgate, o animal, carinhosamente apelidado por eles de Helinho, foi levado para o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMO-BS), responsável pelo monitoramento das praias da região.



Trata-se de um pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), uma espécie de pinguim identificado pelo "colar" de penas brancas no pescoço. Segundo a bióloga e mestre em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de P.O.A pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Jéssica Nigro, anualmente, por volta do mês de abril, essa espécie começa uma migração devido às baixas temperaturas e escassez de alimento na região onde vivem, na região da Patagônia argentina e chilena, e nas ilhas Malvinas.



"Essa espécie não depende do gelo para sobreviver e, por isso, formam bandos para enfrentar as correntes frias das Malvinas e encontrar abrigo e alimento, principalmente a anchoita na costa brasileira", explica a bióloga. Ainda de acordo com a especialista, as aparições dos pinguins ocorrem mais no litoral sul, porém alguns avançam para o sudeste e, raramente, são encontrados no nordeste.



"O nosso inverno é uma estação quente para eles, que retornam para seu ambiente por volta de setembro a outubro, que é quando inicia o período da reprodução e construção dos ninhos. Entretanto, com essa migração toda em busca de alimento e calor, eles ficam muito cansados, desidratados e hipoglicêmicos, muitos se perdem do bando e encalham, outros morrem no trajeto, antes de completar o ciclo ou de conseguir retornar para casa".


Além do cansaço natural, a bióloga explica que algumas ações antrópicas podem interferir na migração dos pinguins. "Por exemplo, o lixo marinho, que quando ingerido causa obstrução no estômago e intestino, o derramamento de petróleo e a interação com a pesca, já que eles podem ficar emaranhados em apetrechos de pesca, ocasionando bycatch ou pesca fantasma de muitos indivíduos", diz.


Nas imagens gravadas pelo grupo é possível ver o pinguim bastante cansado e tentando nadar. Veja o vídeo:



*Com informações O Dia


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