Vivendo a terceira idade e velhice sem etarismo e preconceito
Por Rofa Araújo
Na passagem do dia 1º de outubro que é considerado o Dia Internacional de Pessoas Idosas é preciso reavaliar como estão sendo tratadas todos os indivíduos que têm sua idade prologada e sofrem preconceito devido ao contar de anos mais avançados.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em linhas gerais, temos a seguinte tabela etária: Primeira idade: de 0 a 20 anos; Segunda idade: de 21 a 49 anos; Terceira idade: de 50 a 77 anos; Quarta idade: de 78 a 105 anos. Portanto, a chamada terceira idade é quando a pessoa está envelhecendo e a quarta, já está com anos a mais, já considerado idoso.
Na verdade, segundo a Ciência, a partir dos 34 anos um indivíduo começa a apresentar alterações em sua condição física. Por isso os cientistas conseguiram dividir o processo em três etapas: dos 34 aos 60 anos, foi classificado como idade adulta; dos 60 aos 78 anos, maturidade tardia e a partir dos 78 anos, chega à velhice. Então, já começamos a envelhecer bem mais cedo do que muitos imaginam.
Segundo Alfredo Martini Júnior: “Idoso é apenas alguém que tem idade avançada. Velho é alguém que se torna obsoleto! Viva muitos anos, mas não envelheça nunca!”
E como sofrem os que estão numa idade a mais com o chamado “etarismo”, que é um preconceito simplesmente pela idade avançada. Aos maiores de 40 anos, já não há facilidade em encontrar trabalhos pelo simples fato de ter uma faixa etária considerada maior. Quem dita essas “regras” no mercado? Será que acham que não tem mais como produzir algo ou não tem mais pique para mais nada?
Sênega, filósofo romano, que viveu entre 4 a.C. a 65 d.C., já dizia: “Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.”
E não é a mais pura verdade? Não é possível que os anos vividos possam ser apagados pela idade que a pessoa possui. E o legado conquistado, onde fica? Muitos só querem saber quando o idoso deixa herança em bens, esquecendo que o mais importante são os exemplos e os ensinamentos que passa de geração a geração. Quantos conselhos nossos avós ou pais nos deram e que nos veem à mente em ocasiões de nossa vida? É o legado que fica conosco e vale muito mais que bens materiais!
Como diz uma frase encontrada no Google: “Ser idoso é ter vivido todos os momentos tanto bons quanto ruins. É passar por inúmeras provações e ter conseguido superar todos os obstáculos que surgiram e ainda vão surgir pela frente. Ser idoso é se orgulhar de cada ruga, traços de uma vida bem vivida.”
E viva os nossos idosos e que um dia cheguemos lá, com saúde e sem preconceito. Afinal de contras, muitos nem em fixa etária chegam devido à saúde ou os percalços da vida.
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.