Vini Jr. pode ser fiel da balança em eleições na Espanha
Por Helcio Albano
É isso mesmo que você leu, amado leitor e leitora. O nosso garoto do Portão do Rosa terá peso real nas eleições regionais que ocorrem nesse domingo (28.mai.23) na Espanha. E pode influenciar os resultados eleitorais do Vox, partido da extrema-direita espanhola que ficou exposto negativamente durante toda a semana após o episódio de racismo ocorrido contra o jogador no estádio de Mestalla, em Valência, no domingo passado.
O Vox (voz em latim) vocaliza no país ibérico o que o bolsonarismo (que ainda não possui um partido formal, e assim deve permanecer) defende no Brasil: o conservadorismo mais tosco e extremista baseado em pautas moralistas, xenofóbicas e discriminatórias, garantindo ao racismo lugar privilegiado no panteão da estupidez humana.
O eleitor espanhol médio - pelo menos aquele que não é orgulhosamente racista antes inclinado a votar no Vox - deve pensar duas vezes antes de escolher representantes do partido, a terceira força política da Espanha que, até domingo, vinha com tendência de crescimento.
As "bandeiras" do Vox foram seriamente chamuscadas frente à péssima repercussão que o caso teve na opinião pública nacional e internacional. Caso esse personalizado, aliás, no presidente de La Liga, Javier Tebas, apoiador aberto do Vox, que jogou os gritos de "mono, mono" da torcida valenciana na conta do Vini, como se culpado fosse das agressões racistas que sofreu.
Como todo fascista covarde, pediu desculpas depois da perda do patrocínio do Santander.
Obrigado por tanto, Vinícius Junior.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
