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Vamos arrancar todas as árvores das calçadas

Por Professor Capilé

A devastação/Foto: Helcio Albano
A devastação/Foto: Helcio Albano

Caro leitor, São Gonçalo, frequentemente chamada de "caldeirão" por seus habitantes, é uma cidade conhecida por seu clima quente e abafado. Essa característica climática está diretamente ligada ao relevo da cidade e à distribuição irregular de áreas verdes. Enquanto as regiões centrais sofrem com altas temperaturas, algumas áreas do interior apresentam um clima mais ameno graças à presença de vegetação mais densa. Isso cria um contraste climático dentro da própria cidade, evidenciando a importância das áreas verdes no controle da temperatura.



A principal razão para essa disparidade climática é a falta de um programa efetivo de arborização urbana. As poucas árvores que resistem nas calçadas são verdadeiras sobreviventes, plantadas muitas vezes pelos próprios moradores sem acompanhamento ou controle adequado de crescimento. Essas árvores, sem manutenção adequada, não conseguem proporcionar a sombra e o frescor necessários para combater o calor intenso das áreas mais urbanizadas. Portanto o título agressivo é apenas uma ironia a necessidade de termos mais arvores nas ruas e com devido acompanhamento.


Em contrapartida, os diversos morros não habitados de São Gonçalo são cobertos por matagais, que, apesar de contribuírem para a vegetação local, não têm impacto significativo nas áreas mais populosas. A falta de um planejamento de arborização urbana estruturado deixa grande parte da cidade sem o benefício das árvores, agravando a sensação de calor e desconforto entre os moradores.



A solução para esse problema envolve a implementação de um programa de plantio de árvores. Uma iniciativa promissora seria o programa "Vigilante Ambiental", direcionado a estudantes do ensino médio, que promoveria a educação ambiental e incentivaria a participação ativa dos jovens na arborização da cidade. Além disso, a criação de um projeto de incentivo ao meio ambiente com bolsas de estudo, a construção de estufas em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para distribuição gratuita de mudas, e a colaboração com o Departamento de Biologia e Geografia da UERJ FFP são passos essenciais para transformar São Gonçalo em uma cidade mais verde e agradável.


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Hélio Ernani Capilé é gonçalense, professor universitário e mestre em Ciência do Ambiente e especialista em Zoologia de Vertebrados.

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