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Valdemar e Bolsonaro não se entendem e PL racha nas eleições municipais



Bateção de cabeça ameaça projeto do partido de elegem mil prefeitos no Brasil


As convenções do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para as eleições municipais deste ano têm exposto tensões internas e levantado dúvidas sobre a meta do partido, que é eleger pelo menos mil prefeitos em todo o Brasil.


As disputas entre os grupos ligados ao ex-chefe do Executivo e ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, têm causado conflitos e incertezas sobre o futuro político da sigla, conforme informações do Globo.



A situação está particularmente complicada em municípios onde o PL está alinhado com aliados de esquerda, o que vai contra a orientação nacional do partido. Bolsonaro tem pressionado para barrar candidatos de centro e promover candidatos que estejam mais alinhados com suas ideias.


Já grupos de direita estão fazendo uma força-tarefa para denunciar esses aliados inesperados, com o objetivo de fortalecer a “guerra cultural” e preservar os princípios do bolsonarismo.


As principais divergências entre Bolsonaro e Valdemar aparecem em São Paulo, estado do dirigente partidário. Em Guarulhos, por exemplo, Bolsonaro apoia Jorge Wilson (Republicanos), conhecido como “Xerife do Consumidor”, enquanto Valdemar apoia o vereador Lucas Sanches (PL).


Em Ilhabela, Bolsonaro está ao lado de Diana Almeida Matarazzo (Podemos), enquanto Valdemar lançou Toninho Colucci (PL). Aliados de Bolsonaro afirmam que Diana Almeida é apoiada por Renato Bolsonaro (PL), irmão do ex-presidente.


Em São Bernardo do Campo, a decisão do PL de apoiar o deputado federal Alex Manente (Cidadania) e o candidato a vice, Paulo Chuchu, gerou descontentamento entre militantes mais próximos ao bolsonarismo. Em Búzios, no Rio de Janeiro, o PL tem um candidato à prefeitura, Rafael Aguiar, mas Bolsonaro estará apoiando Alexandre Martins (Republicanos).


São Luís, capital do Maranhão, vê uma aliança improvável entre PT e PL, apoiando o deputado federal Duarte Junior (PSB). Essa coligação é controversa para os bolsonaristas e contraria uma resolução recente de Valdemar que proíbe parcerias com o PT.



No interior de Santa Catarina, o prefeito Ari Pasinotto (PL) terá como vice Valdenir Marchioro (PT) em Xavantina. Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e ex-primeira-dama, pediu que tais coligações com o PT sejam denunciadas.


No Nordeste, PT e PL estão formando coligações em várias cidades. Em Aparecida, o prefeito João Neto (PSB) terá o apoio de ambos os partidos. Em outras cidades paraibanas, como Piancó, São José de Piranhas e Bananeiras, os partidos de Lula e Bolsonaro também estarão unidos.


A pressão nas redes sociais também é grande, com militantes bolsonaristas exigindo um afastamento de aliados de esquerda e nomes de centro. O ex-ministro Ricardo Salles, agora no Novo, criticou a presença de Alexandre Kalil (Republicanos) no palanque de Romeu Zema (MG), também do Novo, destacando contradições dentro do PL.


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