top of page
Foto do escritorJornal Daki

Uma agressão a cada 4 horas, um assassinato por dia: a realidade da mulher no Brasil

Dados da Rede de Observatórios da Segurança indicam que a grande maioria das violações acontece dentro de casa


Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Brasil de Fato - A violência contra a mulher no Brasil continua em patamares muito altos e dados alarmantes indicam que a maior parte das agressões é de autoria de companheiros e ex-companheiros. Foram 2.423 casos registrados em 2022, entre eles, 495 deles feminicídios

De acordo com o relatório Elas Vivem, divulgado nesta segunda (6) pela Rede de Observatórios da Segurança, no ano passado, foi registrada uma violação a cada quatro horas e um assassinato por dia.


A grande maioria dos crimes é cometida dentro de casa, por maridos, namorados, companheiros e ex-companheiros, e a Rede considera que o poder público é insuficiente para coibir a violência .


As agressões contra a mulher são o terceiro indicador de violência mais registrado, no total de aros violentos contra a população no Brasil. À frente, apenas ataques com armas de fogo e ações policiais, ambos os casos, independentemente de gênero.


A diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, aponta que, sem ação integrada dos governos, o controle da situação vai continuar esbarrando em obstáculos.


"É necessário um esforço conjunto dos governos federal, estaduais e municipais para a adoção de políticas públicas eficazes e que deem conta do problema, que é de larga escala", disse ela à Agência Brasil.



Situação grave em estados e municípios


São Paulo foi o estado que mais registrou casos. Foram 898 violações, uma a cada dez horas. A Bahia apresentou o maior crescimento do país, com variação de 58% e lidera os feminicídios no Nordeste. O Rio de Janeiro teve um aumento de 45% nos casos e quase dobrou o número de estupros.


No Maranhão, segundo da região em agressões e tentativas de feminicídio, um caso foi registrado a cada 54 horas. Pernambuco lidera os números de transfeminicídios.


Para conter a violência contra mulheres, segundo o relatório, o Brasil precisa de mudanças sociais e culturais. O problema precisa ser tratado por todo o conjunto da sociedade não somente pelas vítimas.


Como o estudo foi feito?


A análise tem como base um monitoramento diário realizado pela Rede de Observatórios para registrar os casos de violência e segurança no país. As informações são coletadas em meios de comunicação e nas redes sociais. Todas as informações passam por revisão e consolidação.


Por meio desse “monitoramento sensível” é possível identificar crimes não noticiados ou não tipificados pela polícia, mesmo que tenham características de violência de gênero.


Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.

Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.

 

Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.





POLÍTICA

KOTIDIANO

CULTURA

TENDÊNCIAS
& DEBATES

telegram cor.png
bottom of page