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Um recado aos candidatos: vivemos na era das tribos

Por Matheus Guimarães

Foto: Reprodução
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Há uma mudança de paradigma em curso na comunicação política. Antes, a projeção da imagem do político era o principal objetivo. No entanto, agora, com a ascensão das tribos, a mobilização tornou-se a moeda mais valiosa. Não se trata mais apenas de aparecer na frente das câmeras, mas sim de manter os seguidores próximos e engajados, conectando-se com eles de maneira autêntica e significativa.

 

A era das redes sociais trouxe uma mudança fundamental na dinâmica da comunicação política. Já não se trata apenas de conquistar novos seguidores, mas sim de manter aqueles que já estão conectados, engajados e participativos. O tráfego não é para conquistar novas pessoas, mas sim para manter conectado aqueles que já estavam contigo.

 

Imagine-se como um político navegando em um mar de opiniões e interesses. Ganhar um novo seguidor é uma conquista, mas manter os seguidores existentes é uma batalha contínua. É aqui que entra a importância de manter os seguidores próximos, seja por meio de WhatsApp, landing pages ou outros canais de comunicação direta.

 

Vamos analisar um exemplo prático: políticos que abraçam a causa animal. Ao criar uma landing page para denúncias de maus-tratos, esses políticos não apenas demonstram compromisso com a causa, mas também abrem um canal direto de comunicação com o público. As pessoas querem ser ouvidas, querem alguém para reclamar e, mais importante ainda, querem ação.

Quando um político responde a uma denúncia de maus-tratos, não está apenas resolvendo um problema específico, está construindo uma conexão duradoura com o eleitor. A pessoa que teve seu problema resolvido não apenas ficará grata, mas também se tornará uma defensora do político, compartilhando sua experiência positiva com amigos e familiares.

 

Essa abordagem centrada no engajamento não apenas fortalece os laços entre o político e seus eleitores, mas também aumenta a confiança e a credibilidade. Afinal, quem não gostaria de ter um representante que não apenas ouve suas preocupações, mas também age sobre elas?

 

No entanto, não basta apenas abrir canais de comunicação; é preciso também saber como utilizá-los de forma eficaz. Responder às mensagens com rapidez e empatia, demonstrar interesse genuíno pelas preocupações dos eleitores e, mais importante ainda, agir de forma decisiva para resolver os problemas apresentados.

 

Mas por que todo esse esforço? Porque, no mundo da comunicação política, a reputação é tudo. Um eleitor satisfeito pode se tornar um defensor fiel, compartilhando suas experiências positivas e influenciando outros a apoiarem o político. Por outro lado, um eleitor insatisfeito pode facilmente se tornar um crítico ferrenho, espalhando sua frustração pelas redes sociais e minando a imagem do político.

 

Em última análise, a comunicação política não se trata mais apenas de projeção de imagem, mas sim de construção de relacionamentos. Ao priorizar o engajamento sobre a projeção da imagem, os políticos podem criar conexões duradouras com seus eleitores, fortalecendo assim sua base de apoio e garantindo sua relevância no cenário político.

 

Em resumo, no jogo da política moderna, o poder está nas mãos daqueles que sabem como mobilizar e engajar seu público. A projeção da imagem pode atrair a atenção, mas é o engajamento que constrói laços duradouros e fortalece a confiança. E, no final do dia, são esses laços que garantem a sobrevivência e o sucesso de um político no cenário político cada vez mais competitivo.

 

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Matheus Guimarães é especialista em mobilização.


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