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Foto do escritorJornal Daki

Um Ano Novo diferente do jeito da gente

Por Rofa Araújo 

Todo fim de ano é a mesma história: desejos de um Ano Novo feliz, com realizações e “muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”. Mas será que isso é verdade, sem que façamos bem diferente do ano atual, já que por si só àquele se inicia não tem poderes de mudar nada? 


Muitos parecem acreditar num novo ano com grandes realizações, mas já iniciam o vindouro com as mesmas práticas de sempre, podendo repetir os erros comuns e já conhecidos, chegando ao seu final, dizendo que “Nada mudou nesse ano!”. 


Para que façamos diferente do que foi vivido nos últimos 365 dias é preciso uma dose de vontade, somada ao enorme desejo de mudanças e de práticas diferentes para que tudo saia do jeito da gente. Até mesmo para os que tem fé e pedem a Deus para realizar isso ou aquilo, nada cai do céu. É preciso fazer a sua parte, o que muitos não fazem e, ainda, reclamam da vida.



Então, o que precisamos realizar de modo distinto do que foi feito para que haja mudanças e realizações como nas mensagens comuns ditas por todos? Se percebemos que algo não deu muito certo, por que repetir? Não é melhor tentar uma outra forma para chegar ao objetivo no final do ano? Se agirmos totalmente do mesmo jeito, como queremos alcançar novas realizações? É meio irônico e descabida essa junção.


É preciso muita força de vontade para a rotina do dia a dia não nos obrigue a repetir tudo que já vivemos, porque a tendência geralmente é essa.  


Vale muito a pena refletirmos nessa trecho de um poema do famoso escritor, Carlos Drummond de Andrade: “Para ganhar um Ano-Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano-Novo cochila e espera desde sempre”. Que lindas palavras, realistas, que nos impulsionam a viver um nova realidade nos próximos 12 meses.


Como na pequena frase do poeta Mário Quintana: “Sonhar é acordar-se para dentro”. Ela nos remete a importância de tudo partir de nosso interior, não de fora para dentro. A maior influência é a que temos em relação à nossa vida e não ela a nós. Por mais que tudo à nossa volta nos estimule ou mesmo desestimule, é a motivação interior que nos dará impulsos para andarmos para frente em busca do que almejamos.



Disse Oswald de Andrade de forma pitoresca: “A vida é uma calamidade a prestações”. E como temos “pago” essas parcelas que vem e vão? Levamos tudo a ferro e fogo sempre brigando e alvoroçando ou na esportiva, bom humor, com tiradas inesperadas que nos levam à frente e não nos levam a passos para trás?     

 

Nada está acabado. Um pouco de felicidade é o suficiente para que tudo comece de novo”, disse Émile Zola (1870-1902), escritor francês, considerado o maior expoente do movimento naturalista. Devemos repensar uma atitude cristalizada que aparentemente não tem jeito, nem sai do lugar. Como uma dose de ânimo para vencer, alegria no coração e nas palavras ditas aos outros, podemos começar o ano novinho em folha, preenchendo suas datas ainda vazias em algo relevante e vitorioso para nossa vida. 


Walcyr Carrasco, autor de novelas e peças teatrais, alertou: “Ou você muda, ou tudo se repete. A luz não irá acender se você não trocar a lâmpada queimada”. É uma responsabilidade nossa viver algo diferente não repetir o que sempre fazemos, caso contrário, corremos o risco do mesmo resultado nos últimos tempos ou até nenhum.


Como disse uma mensagem das redes sociais: “Que as sementes que você plantou em 2024 possam florescer em 2025! Que seja um ano de luz, de paz e de saúde ao lado de todos aqueles que mais amamos na vida”.


Feliz Ano Novo, diferente do jeito da gente!


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.


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