Ucrânia acusa Rússia de ataque com míssil intercontinental
A Força Aérea Ucraniana declarou nesta quinta-feira (21) que a Rússia realizou um ataque contra a Ucrânia usando um míssil balístico intercontinental. Se a informação for confirmada, será o primeiro ataque com esse tipo de armamento desde o início da guerra.
Um míssil balístico intercontinental tem como principal característica a capacidade de atingir um alvo em longa distância, tendo um alcance mínimo de 5.500 quilômetros. Estes armamentos são geralmente equipados com ogivas nucleares e projetados para destruir alvos estratégicos localizados a longas distâncias.
De acordo com o comunicado, a cidade ucraniana de Dnipro foi atacada por vários tipos de mísseis. Entre eles, um míssil balístico Kinzhal, além de sete mísseis de cruzeiro Kh-101. O lançamento do míssil intercontinental teria sido realizado a partir da região russa de Astrakhan.
"Um míssil balístico intercontinental foi lançado da região de Astrakhan, na Federação Russa", diz o comunicado. Além disso, o lado ucraniano afirmou que a Rússia lançou um míssil aerobalístico Kh-47M2 Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101.
Os militares ucranianos não forneceram quaisquer outros detalhes. O Ministério da Defesa russo também não comentou as informações sobre o ataque com mísseis na cidade de Dnipro.
De acordo com o comunicado da Força Aérea Ucraniana, os sistemas de defesa aérea abateram seis mísseis Kh-101 Os restantes "não causaram consequências significativas".
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, no meio de um briefing à imprensa nesta quinta-feira (21), recebeu uma ligação na qual se pôde identificar que ela foi solicitada a não comentar as declarações sobre o míssil balístico intercontinental. Ela atendeu a ligação em frente ao microfone ligado. A cena está disponível no vídeo completo do briefing, divulgado pela chancelaria russa.
Após a coletiva, ao ser perguntada pelos jornalistas sobre a ligação, Zakharova explicou: "Antes da coletiva, houve perguntas relacionadas a materiais conflitantes na Internet. Perguntei aos especialistas se esse é um assunto nosso. A resposta veio durante o briefing: o Ministério das Relações Exteriores não comenta".
*Com informações Brasil de Fato
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