'Tropa do capitão' em Niterói queima a largada pra 2026
Por Helcio Albano
Minha mãe me ensinou o seguinte: "Meu filho, em sua casa, suas regras. Lembre-se disso quando for à casa de alguém". A "tropa do Nelson", que invadiu Niterói pra dar "aquela força" ao Jordy, incorreu em erro crasso ao reproduzir na cidade vizinha o que fez em São Gonçalo. Deu ruim.
E pela agilidade da Polícia e MPE em elucidar o envolvimento de servidores da prefeitura na campanha de Niterói, os desdobramentos desse caso podem ser imprevisíveis e abalar a "Pax do Gaia" - o acordo tácito que existe entre as lideranças das 4 maiores cidades do leste fluminense - e queimar a largada das eleições de 2026. Se é que isso já não ocorreu.
A história nos ensina que o triunfo muitas das vezes nos cega e embriaga. A ponto de tomarmos decisões tolas e inconsequentes apenas como estéril demonstração de força.
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A "tropa" adentrou território inimigo utilizando-se de mesmíssima estratégia e armas da batalha gonçalense. Tendo à frente o mesmo oficialato de infantaria (secretários de governo) e soldados a soldo de RPA's. Além de artilharia pesada, representada na grana em espécie, flagrada nas mãos de cabos eleitorais em plena luz do dia, e que agora a polícia investiga a origem. Onde isso vai chegar?
Como todos sabem, Itaipu, Itacoatiara e Piratininga foram arrancados de nós por Amaral Peixoto pra presentear o genro com um cartório no então 6º distrito de São Gonçalo. Em troca, ele deu-nos em 1943 a autonomia política e administrativa definitiva do município.
A invasão da "tropa do capitão" poderia ser uma vingança contra o interventor de Vargas por tirar de nós as 3 irmãs. Só que não.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.