Treinamento de PMs envolvidos em mortes no Rio inicia nesta segunda
A iniciativa ocorreu após as mortes de uma criança de 5 anos, dois adolescentes de 17 e 13, e um jovem de 26 anos durante ações policiais
A Polícia Militar inicia, nesta segunda (21), o treinamento de agentes envolvidos em ocorrências que tenham resultado em óbito ou lesão corporal grave no estado do Rio. A iniciativa ocorreu após as mortes de uma criança de 5 anos, dois adolescentes de 17 e 13, e um jovem de 26 anos, durante ações policiais. As aulas iniciais contam com a participação de 16 agentes do 17º BPM (Ilha do Governador) e ocorrem no Comando de Operações Especiais (COE), em Ramos, Zona Norte do Rio.
Segundo a corporação, os agentes participantes da primeira aula são os envolvidos nas mortes de Guilherme Lucas Martins Matias, no dia 6 de agosto, em uma abordagem no Morro do Santo Amaro, no Catete, Zona Sul; do adolescente T.M.F, de 13 anos, morto a tiros na Cidade de Deus, Zona Oeste, no dia 8 do mesmo mês; e da menina Eloah Passos, 5, e do jovem W.E, 17, após serem baleados no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte, no último sábado (12).
Ainda de acordo com a PM, o curso possui turmas com efetivo de alunos variável e as próximas turmas terão média de 70 alunos. A carga horária é de 56 horas e contempla disciplinas como Técnicas Especiais de Patrulha, Psicologia Operativa, Segurança Preventiva, Tomada de Decisão Sobre o Uso da Força, Tecnologias de Menor Potencial Ofensivo, Atendimento Pré Hospitalar Tático dentre outras.
Vale ressaltar que o Estágio de Aplicações Táticas (EAT) não é novo, já existe e capacitou mais de 2 mil policiais militares do início de 2022 até o final deste semestre. Porém, as novas determinações indicam que os policiais que participarem de ações de abordagem que resultarem em óbito ou lesão corporal grave sejam introduzidos no treinamento compulsoriamente.
Nesse cenário, o comandante da unidade na qual o policial que se envolveu esteja lotado, tem 48 horas para matricular o agente no treinamento. Com isso, o militar deve, na semana seguinte a ocorrência, participar do curso. As aulas têm duração de uma semana, em regime integral. O policial participante deve ficar totalmente afastado de suas atividades até o fim do curso.
Em nota, a corporação reforça que vem investindo em diversos recursos tecnológicos, operacionais e logísticos para a evolução do policiamento urbano, como a aquisição de novos armamentos mais modernos e de menos impacto, novos armamentos de menor potencial letal, viaturas semi-blindadas, veículos operacionais blindados, coletes e capacetes de proteção balísticos dentre outros acessórios.
"Todo esse pacote está sendo utilizado para propiciar mais segurança ao efetivo, e consequentemente, diminuir a necessidade de reação diante dos eventuais confrontos armados proporcionados pelos criminosos", disse em nota.
*Com informações O Dia
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