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Tragédia de Petrópolis completa um mês com protestos e homenagens aos 233 mortos

Prefeito anunciou compra de prédio com recursos enviados pela Alerj para abrigar famílias vítimas das chuvas


Foto:  Mauro Pimentel/AFP
Foto: Mauro Pimentel/AFP

Brasil de Fato - A tragédia provocada pelas chuvas de Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, completa um mês nesta terça (15). Ao longo do dia, familiares das vítimas, lideranças comunitárias da cidade e voluntários promovem o "Ato por Petrópolis" para lembrar e homenagear as 233 pessoas que morreram.


Na praça Visconde de Mauá, também conhecida como "praça da Águia", em frente à Câmara dos Vereadores, serão feitos 233 segundos de silêncio (quase quatro minutos) enquanto 233 cruzes serão fixadas no gramado da praça. Familiares também vão falar das vítimas da tragédia.


Após um mês da maior tragédia socioambiental da cidade, bombeiros e a Defesa Civil ainda buscam por quatro desaparecidos, entre eles uma criança de oito anos. Diversas famílias ficaram desabrigadas após os deslizamentos de terra, como os que ocorreram no Morro da Oficina.


Mais cedo, o prefeito Rubens Bomtempo (PSB) anunciou a compra de um prédio no centro de Petrópolis para abrigar 32 famílias vítimas das chuvas. O imóvel está sendo adquirido por R$ 3,5 milhões e os recursos para a aquisição vêm dos R$ 30 milhões enviados pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ao município.


A Prefeitura informou, ainda, que tem um prédio alugado no bairro Floresta para mais de 40 famílias, além dos 365 contratos fechados para o Aluguel Social.


Protestos - No Rio, a organização não-governamental Greenpeace Brasil fez um protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado, no bairro de Laranjeiras, zona sul da capital. A ONG levou para a frente do palácio 233 sinalizadores e mini coroas de flores.


Segundo o Greenpeace, a ação teve como objetivo prestar homenagem às vítimas das enchentes e deslizamentos que atingiram o município em fevereiro, e pressionar o governador Cláudio Castro (PL) para que decrete Emergência Climática e execute o plano de adaptação, que até hoje não saiu do papel.


"Se o poder público continuar abandonando a população à sorte dos eventos extremos, que já estão mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas, conforme previu a ciência, novas tragédias deverão ocorrer", disseram os representantes do Greenpeace.

 

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