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Traficantes do 'Complexo de Israel' fecham igrejas católicas

Os templos religiosos alvos são as paróquias de Santa Edwiges e de Santa Cecília, em Brás de Pina, e Nossa Senhora da Conceição e Justino, situada em Parada de Lucas

Foto; Reprodução

O traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Alvinho ou Peixão, que se diz evangélico, fez mais uma proibição religiosa na localidade que comanda. Agora as igrejas católicas de Brás de Pina e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, estão proibidas de celebrar missas, casamentos ou batizados. A ordem veio logo após os terreiros de matrizes africanas também serem proibidas de professar a sua fé. A irmandade das igrejas católicas das paróquias foi a responsável pela denúncia da nova proibição.



Peixão acumula 9 mandados de prisão por diversos crimes e está foragido.


As festas juninas promovidas pelas igrejas, missas e as homilias tiveram que ser canceladas neste final de semana.


Os templos religiosos alvos são as paróquias de Santa Edwiges e de Santa Cecília, em Brás de Pina, e Nossa Senhora da Conceição e Justino, situada em Parada de Lucas.


De acordo com os fiéis católicos, na última sexta-feira (5), a ordem de Peixão chegou através de homens armados de fuzis e proibiram que realizassem casamentos ou batizados.


A Paróquia de Santa Edwiges, sem mencionar o caso, utilizou as redes sociais para divulgar que a festa julina e as missas neste final de semana estavam canceladas.



“Comunicamos que nosso arraiá está suspenso neste fim de semana. Não teremos Santa Missa e atividades em nossa paróquia também. Igreja fechada. Em breve, retornaremos com mais informações”, informa o comunicado.


Outra igreja que usou as redes sociais para cancelar suas programações foi a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e Justino, localizada em Parada de Lucas, onde seus administradores escreveram que “As atividades paroquiais (missas, reuniões, secretaria, etc) estão suspensas até segunda ordem”.


Segundo informações dos fiéis, o crime religioso teria sido comunicado ao 16° BPM (Olaria), unidade de segurança responsável pelo policiamento na região, entretanto nenhuma medida foi tomada.



A Polícia Civil se posicionou sobre o caso e informou que as investigações estão sendo realizadas pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Mesmo com os avisos publicados, a Arquidiocese do Rio disse que as igrejas estão abertas.


Esta informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do RJ, além disso, comunicou que o policiamento foi reforçado na região.


Nota na íntegra da Secretária de Segurança Pública do RJ


"A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro esclarece que as paróquias Santa Edwiges e Santa Cecília, em Brás de Pina, na Zona Norte da capital, estão abertas e com a segurança reforçada pela Polícia Militar. É importante ressaltar que não houve intimidação ou qualquer tipo de comando de traficantes para fechar as igrejas e que essa informação surgiu de boatos em redes sociais.


As forças policiais do Estado vêm realizando operações na região para retirada de barricadas e para aumentar a segurança da população, rotineiramente, há pelo menos dois meses. O blindado da Polícia Militar está baseado na localidade para evitar a retomada da instabilidade na região, garantindo o funcionamento das paróquias e a segurança dos moradores."


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