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Traficante, evangélico e cruel: a ditadura de Peixão, chefe do Complexo de Israel

O traficante, que afirma ser evangélico, usa símbolos religiosos, como a Estrela de Davi iluminada, para marcar seu território e justificar suas ações violentas



DCM - O Complexo de Israel, sob o domínio do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, enfrenta uma realidade de violência extrema. Recentemente, uma série de execuções e desaparecimentos chocou a comunidade local. Um caso notório envolve um jovem empresário sequestrado e condenado pelo tráfico após exigir respeito na fila de sua loja. O corpo da vítima nunca foi encontrado, e a família descobriu a tragédia apenas após o sequestro.


Peixão, de 37 anos, controla com mão de ferro as dez favelas que compõem o Complexo de Israel. Ele é conhecido por suas práticas brutais, incluindo a execução sumária de qualquer um que desafie suas ordens.



O traficante, que afirma ser evangélico, usa símbolos religiosos, como a Estrela de Davi iluminada, para marcar seu território e justificar suas ações violentas.


Além das execuções e desaparecimentos, Peixão tem imposto restrições severas às comunidades sob seu controle. Os moradores enfrentam dificuldades para se movimentar devido a barricadas e fossos medievais criados pelo traficante para impedir a entrada da polícia.


Religião

A relação de Peixão com a religião é complexa e controversa. Embora se declare “traficante evangélico”, ele promove uma verdadeira cruzada contra religiões de matriz africana, como a Umbanda. Desde 2010, terreiros de Umbanda foram invadidos e destruídos sob suas ordens, refletindo um ódio profundo contra essas práticas religiosas.


Peixão usa sua suposta fé para justificar a expansão de seu território. Ele alegou ter recebido uma visão divina para conquistar áreas como a Cidade Alta em Cordovil. Essa estratégia não apenas expande seu domínio, mas também explora a maioria evangélica nas favelas, que pode ver seu domínio sob uma luz positiva, apesar das práticas criminosas.


A violência e o medo são constantes na região. Moradores temem denunciar os crimes devido às retaliações. A falta de provas e a omissão de testemunhas dificultam as investigações e permitem que Peixão continue a operar com impunidade.



Peixão também adota estratégias de guerrilha urbana, como o uso de casamatas e armas pesadas. Sua obsessão com a limpeza e o controle das favelas é evidente, com a imposição de regras rígidas sobre o descarte de lixo e a obrigatoriedade de compra de produtos em estabelecimentos controlados pelo tráfico.


O poder de Peixão não se restringe ao território das favelas. Ele mantém uma relação ambígua com a milícia e utiliza táticas modernas, como drones e bloqueadores de celular, para monitorar e controlar a área. As recentes adições ao seu território incluem comunidades antes controladas pelo Comando Vermelho, o que intensifica ainda mais a violência na região.


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