Só fazem com a gente o que a gente gosta ou deixa - por Helcio Albano
Ao ver hoje (02/8) no noticiário que o coisa ruim quer tirar o tradicional desfile cívico-militar do Sete de Setembro da Presidente Vargas para a Avenida Atlântica, me veio à memória um diálogo que ouvi há muito tempo no Porto Velho entre familiares paraibanos:
- "Ô, mainha! Olhe que ainda boto pra correr aquele piranguêro da mulesta!"
- "Ôxe! Deixe de ser besta! Que só faz com a gente o que a gente gosta ou deixa!"
O excrementíssimo da república, tal qual um Napoleão de Hospício, ordenou às Forças Armadas que refaçam todos os preparativos até então realizados de comemoração do bicentenário da Independência do Brasil apenas para satisfazer seus apetites eleitorais junto à massa de celerados e brochas aposentados que tradicionalmente o apoiam na orla de Copacabana.
O Globo e Folha de S. Paulo que noticiam a bizarrice a 1 mês dos festejos do ato de Pedro I, dizem que os militares, "surpresos", mudam "às pressas" o desfile para atender seu comandante-em-chefe que anda mal nas pesquisas, justamente no seu reduto, o Rio de Janeiro. Eduardo Paes, prefeito do Rio, se diz "vendido" com a história: "Vi pela imprensa", disse Paes, que é o responsável em preparar a estrutura do evento.
Talvez o legado maligno de bozomort seja justamente noticiar esse tipo de absurdo. Porque era pra ser diferente, tipo: "Presidente diz querer usar desfile eleitoralmente e Alto Comando das Forças Armadas reage contra".
Será que os milicos foram realmente pegos de surpresa?
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.