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Só 'cash': Bolsonaro recebia dinheiro vivo do esquema criminoso de joias com militares

Segundo documentos da Polícia Federal (PF) enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-assessor Marcelo Câmara revelam que ambos planejavam a entrega do dinheiro ao ex-presidente

Joias sauditas e Bolsonaro. Foto: reprodução
Joias sauditas e Bolsonaro. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria recebido parte dos recursos provenientes da venda ilegal de joias que recebeu da ditadura saudita em dinheiro vivo, desviando assim R$ 6,8 milhões do acervo presidencial em um esquema criminoso, conforme informações do Metrópoles.


Segundo documentos da Polícia Federal (PF) enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-assessor Marcelo Câmara revelam que ambos planejavam a entrega do dinheiro ao ex-presidente.



A troca de mensagens, datada de 18 de janeiro de 2023, ocorreu enquanto Câmara acompanhava Bolsonaro em Orlando, nos Estados Unidos. Cid mencionou possuir US$ 25 mil com seu pai, o coronel Lourena Cid, sugerindo que o dinheiro poderia ser entregue em “cash”.


“Eu estava vendo o que seria melhor fazer com esse dinheiro, levá-lo em ‘cash’ aí. Meu pai estava inclusive querendo ir aí falar com o presidente (…) E então ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…) Acho que quanto menos movimentação na conta, melhor, né?”, disse Cid.



“O relógio, aquele outro kit lá, vai para o dia 7 de fevereiro, vai para leilão. Aí vamos ver quanto vão dar”, afirma ainda o ex-ajudante de ordens.


Outra conversa indica também que Bolsonaro autorizou a venda de um kit de pedras preciosas também retirado ilegalmente do acervo presidencial, que seria leiloado nos Estados Unidos.



Em 4 de fevereiro de 2023, Cid enviou a Bolsonaro um link para um leilão agendado para quatro dias depois, referente a um kit de joias de ouro rosa. A resposta de Bolsonaro foi imediata: “Selva”.



De DCM.


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