Sobre Sheins, Shopees e o maravilhoso universo xing-ling
Por Helcio Albano
Veja você como é a política. No início do ano, o veio da Havan (ele mesmo) enviou emissários ao governo Lula com um pleito antigo: taxar as varejistas Shein, Shopee e Ali Express por concorrência desleal.
Segundo o papagaio falante do bolsonarismo econômico mais degradante da face da terra plana, seus negócios correm sério risco de irem à bancarrota caso as bugigangas e "fast fashions" chinesas continuem entrando sem tributação no Brasil.
Só que não. As empresas asiáticas já pagam 60% de imposto de importação à Receita. E mesmo assim os produtos continuam baratos. Isso porque o custo de produção na China é baixo. Mas isso é outro papo.
Ocorre que existe uma brecha na legislação brasileira que isenta de tributação transações entre pessoas físicas em valores de até 50 dólares. Ou seja, nessa brecha aí é que a fraude acontece: o consumidor paga o valor cheio do site e as empresas embolsam a diferença do imposto sonegado despachando a mercadoria em pacotes fracionados como pessoa física.
O governo Lula, através do Ministério da Fazenda, acabou com a farra. Agora não tem mais brecha de sonegação. Tudo que vier do exterior de compras no varejo terá que pagar 60% de imposto, independente se pessoa física ou jurídica. E, com isso, estima-se que pelo menos R$ 8 bilhões deixem de escorrer pelo ralo da sonegação.
E o veio da Havan? Ele que resolva suas capivaras de bilhão com a Receita Federal e pare de sonegar impostos. E o sobre o governo: é urgente que melhore sua comunicação.
A direita tá deitando e rolando.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.