Sesc-SG apresenta 'Kawó – o rei chama': uma celebração da ancestralidade africana
Espetáculo, vencedor de inúmeros prêmios que foi contemplado pelo Edital Sesc Pulsar RJ, ocorre em apresentação única no domingo, 23 de março

O Sesc RJ traz ao palco o espetáculo Kawó – o rei chama, uma obra que mergulha na riqueza da mitologia iorubá e celebra a ancestralidade africana. Com idealização, direção e dramaturgia de Gabriel Mendes, a montagem reúne seis atores negros e dois músicos, que constroem uma África mítica, repleta de simbologias e histórias que ecoam a força e a sabedoria de um povo.
O espetáculo, selecionado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar 2025, circulará por diversas unidades do Sesc RJ, levando ao público uma experiência teatral envolvente e educativa.
A peça é a terceira parte da Trilogia dos Orixás, um projeto que nasceu em 2014, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, fruto do desejo de um grupo de artistas de se reunir e explorar as narrativas dos orixás.
A trilogia, que já incluiu as cenas curtas Jogo da Velha e Omi – do leito ao mar, tem como objetivo principal apresentar o universo mitológico iorubá para o público infanto-juvenil, destacando a importância de conhecer e valorizar as raízes africanas.
Cada etapa da trilogia foi reconhecida com premiações, e Kawó – o rei chama não fica atrás: recentemente, o espetáculo recebeu 17 indicações na 9ª edição do Prêmio CBTIJ, incluindo categorias como Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Elenco e Melhor Direção de Produção.
No centro da narrativa está a trajetória de Xangô, orixá da justiça, do fogo e do trovão, uma figura central na mitologia iorubá. A peça transporta o público para uma Nigéria mítica, onde uma família se prepara para celebrar o "dia do Obá Xangô".
Enquanto cozinham e decoram o quintal para a festa da fogueira, os personagens relembram histórias que narram a jornada de Xangô, desde sua infância até sua ascensão como um dos mais respeitados orixás. Essas narrativas, repletas de batalhas, amores e relações familiares, não só celebram a memória do rei, mas também provocam reflexões sobre poder, erro e redenção.
Gabriel Mendes, diretor, dramaturgo e idealizador do projeto, ressalta a importância de contar essas histórias para as novas gerações:
"Nosso espetáculo dialoga com o entendimento de que no saber informal há um conhecimento incalculável. Não existe presente e futuro possíveis sem entender sua origem e ancestralidade – algo que foi negado àqueles que descendem dos homens e mulheres trazidos do continente africano para serem escravizados no Brasil. São histórias que precisam ser contadas para que os jovens se reconheçam naquilo que ouvem e percebam que a nossa história começou antes mesmo de ter começado."
Com um elenco formado exclusivamente por atores e atrizes negros, Kawó – o rei chama é uma celebração da herança africana e uma oportunidade para que crianças e jovens vejam reis e rainhas negros protagonizando suas próprias histórias.
A montagem é um convite para que o público mergulhe em um universo ancestral, repleto de ensinamentos e beleza, e reconheça a importância de preservar e valorizar essas narrativas.
Serviço:Kawó – o rei chama
Data: 23 de março (domingo)
Local: Sesc São Gonçalo - Av. Pres. Kennedy, 755 - Estrela do Norte, São Gonçalo
Ingressos: R15(inteira)eR15(inteira)eR 7,50 (meia)
Classificação: Livre
Duração: 65 minutos
Horário: 16h
Não perca a chance de vivenciar essa experiência única, que une teatro, música e ancestralidade em uma celebração da cultura africana. Kawó – o rei chama é mais do que um espetáculo; é uma jornada pela história e pela identidade de um povo.
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