Ser patriota é muito mais que vestir verde-amarelo
Por Rofa Araújo
Temos visto de maneira muito corriqueira muitos brasileiros se autodenominarem “patriotas” e, vez em sempre, participam de alguma manifestação vestidos nas cores verde-amarelo. Mas será mesmo que esses amam ardentemente a Pátria para se declararem dessa forma?
Segundo o site dicio.com.br, patriota é “Pessoa que ama sua pátria, seu país de nascimento, que se esforça para lhe ser útil, agindo em seu favor ou em sua defesa: os patriotas normalmente não enxergam defeitos em seu país”. Não parece algo bem diferente do que temos visto nos que se intitulam tão “patriotas”?
Qual amor pela Pátria tem um grupo que “idolatra um certo mito” que nada tem de patriota? Nunca fez nada em prol do Brasil em trinta anos de parlamentar e muito menos como Presidente da República. Pelo contrário, se pudesse vendia o país e a Amazônia para os EUA e dava de presente o petróleo aos países ricos. Como esses agem pensando em si mesmos e nunca de maneira coletiva e nos mais desfavorecidos...
Na última manifestação realizada dia 25 de fevereiro de 2024, o que se viu foram centenas de pessoas na Avenida Paulista de verde-amarelo, porém sem lutar pela causa do país em si, mas apenas “adorando a certo Messias, um homem”, sem qualquer razão de benefício da coletividade. Alguém ouviu algum gripo pelos excluídos? Não! Apenas discurso de ódio por um grupo contra outro que ganhou democraticamente as Eleições de 2022 e que até hoje não aceitaram a derrota.
Vestir verde-amarelo e se dizer um “patriota” é muito mais o que lotar uma manifestação sem um motivo aparente, apenas para agradar quem faz gato e sapato deles, tira direitos e só cobra deveres e mesmo assim continua idolatrado. Algo que mais parece uma doença sem cura.
Ser patriota de verdade é amar o país e querer sua melhoria, seus moradores sendo todos respeitados sem distinção de raça, cor, religião e, principalmente, posição política. Parece que vivemos em dois brasis diferentes: um real e outro imaginário, onde s fake News toma conta do tempo e do espaço e quer se impor como algo verdadeiro.
Que reflitamos no quanto andar de verde-amarelo, as cores de nossa Bandeira Nacional, deve ser algo sublime e emocionante e não apenas uma provocação de um grupo que, mesmo contra todos os significados do termo “patriota”, querem se impor como detentores desse nome e de seu real sentido.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Editora JORNAL DAKI
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.