São Gonçalo, Porto Alegre e o apocalipse ambiental
Por Helcio Albano
São Gonçalo, 42º nesta sexta de outono, 3 de maio de 2024. Entre o Porto Velho e a Madama, registro 55º de sensação térmica no trecho árido e desarborizado do MUVI. A 1.600 Km de distância, regiões inteiras do Rio Grande do Sul estão submersas. A capital Porto Alegre pode ser evacuada a qualquer momento em áreas de bacia do rio Jacuí.
E qual a relação entre esses dois eventos extremos e inéditos? O apocalipse ambiental já é uma realidade, mas você não está preparado pra essa conversa. E pior: se for um fanático de extrema-direita bolsofascista, ainda nega essa realidade ululante por ter essa predisposição existencial à estupidez, à burrice e ao mau-caratismo.
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Temos uma emergência climática "glocal" que nos obriga a agir. E a primeira das nossas reflexões deveria ser a compreensão do quão mal o sistema capitalista, em sua versão neoliberal, está nos fazendo. Não dá mais pra permitir a predação pura e simples, sem freios, de nosso planeta.
Em nome de quê? Pra quem?
Todas as empresas de energia e de recursos hídricos devem voltar para as mãos do Estado imediatamente. Ele é o único ente capaz de planejamento a longo prazo para mitigar os impactos das catástrofes que já começamos a enfrentar e que tendem a se intensificar se não baixarmos drasticamente as emissões de carbono na atmosfera.
Além do desmatamento zero, devemos buscar o manejo florestal e o reuso racional da terra para fins agrícolas, além da arborização massiva dos centros urbanos pra baixar a febre do planeta. Que tem, como um dos sintomas de sua doença, o fascismo cada vez mais assanhado.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.