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Quando posso parar de usar máscara contra a Covid?

A infectologista Raquel Muarrek explica que o uso de máscaras é uma das exigências da pandemia da Covid-19 que provavelmente permanecerá por um bom tempo


Foto: Paula Fróes/GOVBA
Foto: Paula Fróes/GOVBA

Revista Fórum - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou nesta quinta-feira (2) que o Estado vai manter a exigência do uso de máscaras em espaços abertos e que o réveillon da Avenida Paulista será cancelado.


Segundo ele, apesar dos números indicarem que a pandemia está recuando, o governo vai optar pela precaução, principalmente diante da variante Ômicron, que tem risco elevado de se disseminar pelo mundo e trazer “consequências graves”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Três casos já foram confirmados no Estado.




A infectologista Raquel Muarrek explica que o uso de máscaras é uma das exigências da pandemia da Covid-19 que provavelmente permanecerá por um bom tempo. “A máscara é a única forma que temos de proteção contra qualquer variante, seja Alfa, Gama, Beta, Delta ou a Ômicron. Não há outra forma de proteção maior, além da vacina”, afirma.


A médica lembra, também, que a imunização é recomendada para evitar casos graves da doença, enquanto a máscara previne a transmissão do vírus. Segundo ela, a derrubada do uso de máscaras só será possível quando cerca de 86% da população estiver totalmente vacinada, diminuindo a transmissão comunitária.




Dados da plataforma Our World in Data indicam que apenas 43,76% da população mundial tomou as duas doses da vacina. Em países em desenvolvimento, somente 6% foram imunizados com pelo menos uma dose.

“Independente de qual variante, as medidas preventivas ainda são lavagem de mãos, distanciamento e uso de máscaras. Por isso o governo do Estado [de São Paulo] voltou atrás”, ressalta Muarrek.




Rio, Bahia, Ceará: Estados adotam passaporte da vacina


O Rio de Janeiro, que havia derrubado a obrigatoriedade da máscara contra a Covid-19, editou o decreto no dia 12 de novembro. Agora, o texto determina que cariocas continuem usando o item em quaisquer locais fechados e revoga medidas restritivas estipuladas em decretos anteriores e em resoluções conjuntas entre Estado e município.


A preocupação com a variante Ômicron também fez com que vários Estados e cidades passassem a cobrar passaporte de vacinação para entrar nos estabelecimentos. No Rio, a prefeitura ampliou, nesta quinta-feira (2), a exigência para bares, shoppings, lanchonetes, salões de beleza, táxis, entre outros.


A partir da próxima segunda-feira (6), o comprovante será exigido para acesso a estabelecimentos públicos em Pernambuco. Acre, Alagoas, Amapá, Bahia e Ceará também pedem o passaporte sanitário em determinados locais, como bares, restaurantes e eventos.



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