Professores são agredidos em evento de inauguração de Centro de Imagem em São Gonçalo
Profissionais fizeram ato pelo pagamento do piso salarial em protesto contra o governador Cláudio Castro, que desistiu do evento na última hora
Por Cláudio Figueiras
Neste sábado (17.jun.23) professor@s e funcionários administrativos da rede estadual de ensino foram agredid@s por policiais militares, guarda municipal e seguranças descaracterizados durante cerimônia de inauguração de uma unidade de saúde no Bairro Vila Três, em São Gonçalo.
Ao menos um professor, muito machucado, precisou de atendimento médico após sofrer as agressões. E dois megafones, pertencentes ao núcleo gonçalense do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe), foram retirados de modo violento das mãos dos manifestantes e confiscados pelos agentes de segurança do estado e do município presentes ao evento.
Os trabalhadores e trabalhadoras, que estão em greve desde o dia 17 de maio, protestavam contra o governador Cláudio Castro (PL), que se nega pagar o piso salarial nacional da categoria, estipulado por lei em R$ 4.420,55 (40 horas).
Hoje o estado do Rio de Janeiro paga o pior salário do país, tendo R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais) para os profissionais de ensino. Funcionários administrativos chegam a receber piso de R$ 800,00 abaixo do salário mínimo.
O governo do estado se compromete apenas em reajustar os salários até o limite do piso para quem recebe abaixo do valor base nacional, algo em torno de 42% dos professores da ativa e 33% de aposentados. Funcionários administrativos ficam de fora e profissionais que recebem acima do piso ficam sem reajuste.
Castro, antes confirmado na cerimônia de inauguração do Centro de Imagens e Especialidades de São Gonçalo ao lado do prefeito e correligionário Nelson Ruas (PL), desistiu de última hora em participar do evento. O secretário de Saúde, Dr. Luizinho, representou o governador.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe), através de seus núcleos regionais de São Gonçalo e de Niterói organizaram e lideraram a manifestação que, além de exigir o pagamento do piso salarial, também luta pela revogação do Novo Ensino Médio.
Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.
Entre no nosso canal do Telegram AQUI.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.