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Professores de São Gonçalo voltam às ruas pelo 13º salário da 'dobra'

Segundo ato de protestos reuniu dezenas de manifestantes


Por Cláudio Figueiras

Manifestantes levaram cartazes para o protesto/Foto: Reprodução

Professoras e professores da rede municipal de ensino de São Gonçalo voltaram às ruas nesta segunda (6) para protestar pelo não pagamento do 13º salário referente às gratificações e à jornada suplementar, também conhecido como dobra.


Munidos de cartazes e de muita indignação com o grito de ordem "Prefeito caloteiro, pague meu décimo terceiro", os manifestantes se concentraram na praça Zé Garoto e de lá caminharam pelas ruas Cel. Moreira Cesar, Feliciano Sodré e Pres. Kennedy até a sede provisória da prefeitura, no bairro Estrela do Norte.



Antes, porém, os trabalhadores ocuparam as escadarias da antiga prefeitura, ponto alto da manifestação:


"Prefeito, nós estamos mais uma vez na rua pra exigir o pagamento do 13º na dobra. Prefeito caloteiro, pague o 13º. Educação na rua, prefeito a culpa sua. São Gonçalo na luta", deu o recado o professor José Ricardo, também dirigente do sindicato da categoria (Sepe-SG).



O segundo ato de protesto dos profissionais da educação (o primeiro ocorreu no dia 30/12), teve o reforço de servidores de outras secretarias e do deputado estadual Prof. Josemar (Psol) e do vereador Juliano Freitas (PT):



"Com mais mobilização e força, a pressão continua! O barulho que os professores estão fazendo está fazendo com que o governo os ouça. Estamos avançando, mas a luta precisa continuar!", disse Juliano em post em sua conta no Instagram.

Juliano acompanhou os manifestantes/

Não pago!

A prefeitura já avisou que não vai pagar o 13º da dobra. Em nota ao Daki enviada no dia 20/12, a assessoria de comunicação disse que, "em relação ao questionamento a respeito da Jornada Suplementar, trata-se de verba de natureza transitória e eventual, não sendo incluída no cálculo do 13º salário. A gratificação natalina corresponde a 1/12 da remuneração (vencimento base + verbas permanentes), de acordo com as leis 1.304/21 e 1.416/22".


O Sepe-SG entrou no dia 27/12 com mandado de segurança na Justiça arrolando o prefeito capitão Nelson Ruas (PL) na peça como parte para dar explicação ao Juízo sobre o que levou o executivo a desconsiderar a dobra como remuneração passível de cálculo para o 13º salário.


A oitiva com o prefeito deve ocorrer logo após o recesso do Judiciário, que termina no dia 20 de janeiro.


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