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Professor e aluno: protagonistas do filme chamado 'educação'

Por Rofa Araújo 



Na passagem do Dia do Professor, em 15 de outubro, devemos refletir sobre em quem está o protagonismo da Educação. Muitos podem dizer ser o professor, o ator principal do imenso “filme da vida” chamado Educação que dura toda uma existência para se desenrolar.

        

E ao aluno não cabe ficar à margem, sendo um coadjuvante, mas também o protagonismo, já que depende de sua disposição e interação para que tudo funcione bem e ele é o principal atingido com o aprendizado que levará tudo adiante ou, na sua não colaboração, a sua ruína.

        

Os “produtores” desse “filme” seria o governo que precisa da estrutura às escolas e verbas para que tudo funcione bem e seja uma boa repercussão para os que a assistem ou a acompanham, como a família dos alunos e a sociedade em geral, para onde esses irão interagir.



      

E os coadjuvantes? Seria a direção de uma escola, colaboradores e apoio com “as tias da merenda e da faxina”. Sem a presença desses nada funciona bem e a bagunça tende a tomar conta, literalmente.

        

Analisando assim, a educação permite ao cidadão crescer em pensamento e reflexão em tudo que observa nos mais diversos lugares e não apenas ser um depósito de informação, como um robozinho que somente sabe “ler e escrever” e “fazer contas”, mas não aprende a pensar no que porquê das coisas no mundo em sua volta. Talvez esse seria o grande objetivo de muitos para que o povo não saiba contestar o que vê no seu mundo, no país e no mundo.

        

Para que esse filme seja um estrondoso sucesso é preciso investimento de dinheiro, mas não apenas isso, mas, principalmente de tempo de dedicação tanto dos professores, da direção, de todo o apoio e fundamentalmente na motivação dos alunos que será primordial para que se chegue ao patamar esperado por todo o público envolvido e reconhecido até mesmo pelos que observam de fora, mas que fazem parte como familiares e sociedade onde todos estão inseridos.

        

E como destacou Içami Tiba: “A educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre”. Não é possível aos pais achar que somente a escola educará seus filhos. E a famosa frase que diz que “A educação vem de berço”, não vale mais? De nada adianta aprender grandes lições sentados nas carteiras do colégio e ter péssimo exemplos no sofá da sala.

        

O escritor e psiquiatra Augusto Cury diz: “Educar é viajar no mundo do outro, sem nunca penetrar nele. É usar o que passamos para transformar no que somos”. Mudar o que tem dentro é algo difícil, mas importante. É ouvindo que ao longo o tempo tudo pode ir se transformando e um dia o aluno “ser um grande homem e uma grande mulher”, no melhor sentido da palavra.

        

E encerrando com uma frase famosa do “patrono da Educação no Brasil, demonizado por muitos que não conhece suas obras e exaltado por Havard que o estuda e o condecorou: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.” (Paulo Freire)


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.

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