Profanadores de Aparecida: isso a Globo não mostra
Por Helcio Albano
Ontem na Basílica de Aparecida (SP) uma horda de desordeiros bolsonaristas pançudos, carecas e mal amados não faltou ao seu mito. Com muita cachaça na mente e ódio no coração, xingaram padres e bispos, vaiaram a "oração dos pobres" e agrediram profissionais de televisão que faziam o seu trabalho nos festejos do Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
Por muito menos o mundo caiu sobre a cabeça do vereador Renato de Freitas (PT), que teve o mandato cassado após ter feito uma manifestação pacífica contra o genocídio negro em uma igreja em Curitiba. Ironicamente erguida pelos e para os negros. Assim como negra é Nossa Senhora. Coloca na conta da santa mais um milagre: o de ter revelado a hipocrisia dessa gente de bem.
Em sua louca cavalgada criminosa, imoral e sem limites pela reeleição, o demônio encarnado mudo chegou, calado ficou e saiu. E sequer comungou o corpo e o sangue de Cristo na hóstia sagrada. Será porque receber o Santíssimo Sacramento sem estar em condições é comer e beber a sua própria condenação, como preceitua a fé catolíca que o caramunhão diz seguir?
O maldito é um verme farsante. E para onde vai leva consigo a divisão, o ódio e a dor. Nesses estranhos tempos, eles venceram. Podem ficar com o verde e amarelo, a bandeira desse Brasil mortificado. É um pedaço de pano.
Que fiquemos com a temperança e a esperança. A compaixão, a empatia e o fim da fome e da violência entre os brasileiros como a bandeira de um novo Brasil.
Essa vaiada em Aparecida por essa gente seboza.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.