Precisamos falar da Águas do Rio em São Gonçalo
Por Helcio Albano
O povo gonçalense deixou um pouco a Enel de lado e tá caindo de pau agora na Águas do Rio. Bom, agora não. Desde que a empresa assumiu da Cedae em 2021 a distribuição de água (insuficiente) e o tratamento de esgoto (que não existe) sob concessão do município. Sim, em São Gonçalo, a Águas do Rio responde ao prefeito.
A concessionária foi eleita a inimiga número 1 da população. E não é para menos. No site "Reclame Aqui" é uma das campeãs de reclamações, a maior parte delas concentradas nas categorias "Cobranças indevidas", "Troca de hidrômetro sem comunicação", "Corte irregular" e "CPF negativado indevidamente", que inclusive custou a minha família uma ação na Justiça contra a empresa por colocar o nome de nossa mãe - uma idosa de 85 anos que nunca teve nome negativado - no SPC/Serasa.
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Em muitos bairros a falta de água tem sido crônica muito antes da estiagem, obrigando os moradores a tirar dinheiro de onde não tem e se virarem com carros pipas que custam entre R$ 400 e R$ 600. Sendo que, por lei, o fornecimento deve ser feito pela própria concessionária em caso de desabastecimento ou emergência.
Um plano de contingenciamento foi até anunciado pelo governador Cláudio Castro, o que por si só já justificaria pedidos de abastecimento por carros pipas em casos de falta d'água.
Serviços essenciais como saneamento básico (água e esgoto) não devem seguir a lógica do lucro. Já iniciamos um ciclo de crise climática que não sabemos a duração. A gestão da água deve ficar sob controle da sociedade.
Devemos ter coragem e desfazer a privatização da Cedae. Imediatamente.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.