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Polícia prende pastor que ficou milionário lavando dinheiro para o PCC

Estima-se que o pastor Júnior, como é conhecido, tenha adquirido patrimônio de R$ 6 milhões

Geraldo dos Santos Filho, também conhecido como pastor Júnior. (Foto: Reprodução)
Geraldo dos Santos Filho, também conhecido como pastor Júnior. (Foto: Reprodução)



DCM - Geraldo dos Santos Filho, também conhecido como pastor Júnior, construiu um patrimônio estimado em R$ 6 milhões lavando dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de igrejas evangélicas. Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), Geraldo, de 48 anos, foi preso em um condomínio de luxo em Sorocaba, no interior de São Paulo, há pouco mais de um ano. Ele é irmão de Valdeci Alves dos Santos, o Colorido, um importante líder do PCC, preso em 2022.


De acordo com a denúncia do MPRN, Geraldo lavou dinheiro do tráfico de drogas ao adquirir cinco igrejas no Rio Grande do Norte e duas em São Paulo. Durante os quase 16 anos em que ficou foragido, ele usou documentos falsos para fundar a Assembleia de Deus Para as Nações, onde atuava como pastor Júnior. Geraldo já havia sido preso em 2002 com 12 quilos de cocaína e condenado a 11 anos e oito meses de prisão. Ele fugiu após a publicação da sentença e só foi capturado pela segunda vez em 2019.


Enquanto cumpria prisão domiciliar, Geraldo continuou a construir seu império. Com o uso de laranjas e contas em seu nome, ele movimentou mais de R$ 2,2 milhões em um período de cinco meses. Uma investigação do MPRN revelou que ele atuava como intermediário entre seu irmão Valdeci e outros membros do PCC em relação à movimentação de grandes somas de dinheiro ilícito. Na conta de um dos laranjas do esquema, foram identificadas movimentações de R$ 23 milhões em nove anos.


Além de Geraldo, sua esposa Thaís Cristina de Araújo Soares, Valdeci Alves dos Santos e outros dois irmãos foram denunciados por associação criminosa, associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro entre 2008 e 2023. A Operação Plata, que desvendou o esquema de lavagem de dinheiro por meio de igrejas, faz parte da Operação Sharks, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que investiga o enriquecimento ilícito de membros do PCC e o tráfico internacional de drogas.


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