Polícia fecha haras e 'gatonet' usados como 'lavanderia' da milícia
A investigação apontou que o grupo movimentou R$ 135 milhões nos últimos 7 anos
Uma provedora de internet e um haras estão entre as empresas que foram alvo da Operação Cosa Nostra Fraterna, deflagrada nesta quarta (28) para asfixiar financeiramente a maior milícia do estado. Segundo as investigações da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPRJ), esses estabelecimentos eram usados para lavar dinheiro da organização criminosa comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso desde o fim do ano passado.
A investigação apontou que o grupo movimentou R$ 135 milhões nos últimos 7 anos, por meio de 7 empresas para lavar o dinheiro.
A Estrellar Web, provedora de internet que atuava em Santa Cruz, tinha o monopólio do serviço na região e conta com cerca de 40 mil assinantes. Foi fechada na manhã desta quarta pelos policiais. Na sede da empresa, foram encontrados três cofres. Um deles com pelos menos R$ 50 mil.
“Essa empresa de internet, como as outras, são três empresas de internet alvo dessa operação, suspostamente exerciam ali um monopólio daquela área, angariando recursos com a prestação de serviços, que era efetivamente feita, através de exercer um monopólio desses serviços. E agora, com asfixia financeira, impede que eles prestem esse serviço de forma coercitiva para aquela população”, destaca o delegado Jefferson Ferreira.
Os agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão.
De acordo com os investigadores, o haras Irmão Melo integra a estrutura da organização criminosa. Uma das hipóteses é a de compra e venda de animais, numa prática semelhante à do jogo do bicho.
Além da interdição das empresas envolvidas no esquema, a Justiça também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos.
O Haras Irmão Melo afirmou que desconhece qualquer envolvimento com atividades ilícitas e que está à disposição para prestar esclarecimentos.
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