PMs são presos suspeitos de matar a policial Vaneza Lobão, que investigava milícias no Rio
A agente foi assassinada a tiros na porta de casa, na Zona Oeste, em novembro do ano passado
Foram presos dois subtenentes da Polícia Militar suspeitos da morte da policial militar Vaneza Lobão, de 31 anos. Os agentes foram localizados pela Divisão de Homicídios da Capital e pela Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira durante cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão e prisão temporária. A policial, que investigava a atuação de milícias no Rio, foi morta na porta de casa em Santa Cruz, Zona Oeste da capital, em novembro do ano passado.
Vaneza era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e não participava de operações de campo, concentrando seu esforço em trabalhos internos de inteligência. A policial era responsável por investigar grupos de milícia que atuam na Zona Oeste.
Formada em Direito, Vaneza entrou na corporação em 2013 e era uma profissional valorizada por lá. Pouco antes de ser assassinada, foi condecorada com o distintivo "Lealdade e constância" pela PM. Em um curso especial de formação de cabos, a carioca se formou com nota máxima. O sonho era fazer carreira na corporação.
De acordo com as investigações, os agentes presos realizaram diversas pesquisas sobre Vaneza em bancos de dados oficiais. Eles queriam monitorar a policial e reunir informações sobre sua rotina e seu endereço. Os dois estão lotados no 27º BPM (Santa Cruz) e 31º BPM (Recreio). Até o fim do ano passado, um deles estava lotado na 8ª DJPM, onde Vaneza trabalhava no Setor de Inteligência, antes de ser transferido para o 27º BPM
Na época, segundo informações do Disque Denúncia, os criminosos já aguardavam a agente no momento em que ela abria a garagem para guardar o próprio carro na porta de casa, em Santa Cruz. Por volta das 21h30, ela foi alvo de tiros de fuzil, disparados por pessoas encapuzadas que estavam em um carro preto.
Segundo a polícia, no local do crime foi encontrado um estojo de pistola no calibre .40 S&W, no qual foi identificado que o número do lote gravado no equipamento indica que este foi adquirido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, através da CBC, em 2009, e entregue no mesmo ano para o 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes).
No início da madrugada do dia 25 de novembro, um dia após o crime, uma equipe da Polícia Militar do 27º BPM prendeu um miliciano no loteamento Madean, também em Santa Cruz, durante diligências para localizar suspeitos no caso da morte de Vaneza. Com o homem foi encontrada uma arma de fogo, que foi apreendida.
À época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ofereceu ajuda da Polícia Federal nas investigações do assassinato.
*Com informações Extra
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