PMs envolvidos na morte de dançarino do 'Esquenta' são absolvidos 10 anos após o crime
O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, foi encontrado morto durante uma operação na comunidade Pavão-Pavãozinho, em 2014
Dez anos depois, a Justiça do Rio absolveu quatro policiais militares pela morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG. O jovem de 26 anos foi encontrado morto durante uma operação na comunidade Pavão-Pavãozinho, em 2014. DG trabalhou durante 4 anos no programa “Esquenta”, de Regina Casé, na TV Globo. As informações são da CBN Rio.
Segundo a Polícia Civil, DG foi à favela para visitar a filha Laylla, então com 4 anos, e acabou em meio ao tiroteio entre traficantes e policiais. Para escapar dos tiros, tentou fugir saltando por telhados de imóveis, mas acabou atingido nas costas. Peritos afirmaram que um tiro atingiu DG entre a região lombar direita e a região dorsal direita, de baixo para cima, e destruiu o pulmão. A causa da morte foi hemorragia interna por laceração pulmonar. Amigos afirmavam que o dançarino tinha sido morto por PMs após ser confundido com um traficante.
O policial Walter Saldanha Corrêa Júnior, autor do tiro que matou o rapaz, segundo inquérito da Polícia Civil, foi inocentado. Ele chegou a ser preso na ocasião, mas conseguiu um habeas corpus em 2015 e aguardava o julgamento em liberdade. Os outros três PMs, Rafael de Aguiar do Nascimento, Alessandro da Silva Oliveira e Éder Palinhas Ribeiro, que respondiam por falso testemunho, também foram absolvidos.
O julgamento foi no 1º Tribunal do Júri. Após os debates, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou pela inocência dos réus. Os jurados decidiram pela absolvição dos PMs por unanimidade, e a juíza Alessandra Rocha Lima Roidis proclamou o resultado.
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