PM mira disputa territorial de facções em operação no Quitungo
Ação pretende coibir confrontos entre criminosos rivais em Brás de Pina e Cordovil. Até o momento, três suspeitos foram presos
Uma operação da Polícia Militar mira, nesta quinta-feira (5), a disputa territorial entre bandidos rivais que vem provocando constantes confrontos e mortes na região de Brás de Pina e Cordovil. Policiais militares atuam na comunidade do Quitungo, na Zona Norte, atualmente dominada por traficantes do Comando Vermelho (CV), que estão em guerra com criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP) pelo controle da área.
De acordo com a PM, o 16º BPM (Olaria) e o 41º BPM (Irajá) prenderam, até o momento, três suspeitos em flagrante e apreenderam uma pistola, um radiotransmissor e drogas. A ocorrência foi encaminhada para a 38ª DP (Brás de Pina). Não há informações sobre confrontos na região. Nos últimos meses, traficantes do CV, especialmente do Quitungo, têm travado uma guerra com criminosos do TCP, por conta das tentativas de invasão ao Complexo de Israel, formado pelas comunidades de Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco-Bocas.
Por conta da ação, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que na região de Cordovil, três unidades escolares foram impactadas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as unidades de saúde funcionam normalmente. Até o momento, não há registro de impactos nos transportes. Na última terça-feira (3), uma operação contra traficantes do Comando Vermelho no Complexo da Penha, na Zona Norte, teve reflexos em Cordovil e Quitungo.
Na primeira, em represália à ação, criminosos da facção sequestraram e atearam fogo em dois ônibus na Praça Treze de Junho, que fica próxima às comunidades do Dourado, Tinta e Quitungo. Já em um dos acessos ao Quitungo, o policial Marco Antônio Matheus Maia, de 37 anos, foi morto a tiros de fuzil, na Rua Oricá. Os bandidos colocaram o corpo dele dentro de um veículo e tentaram removê-lo, após o automóvel descer descontrolado por uma ladeira. O militar estava de folga e não fazia parte da operação no Complexo da Penha.
Operação no Complexo da Penha deixa morto e seis feridos
As policias civil e militar atuaram no Complexo da Penha em mais uma etapa da Operação Torniquete, contra roubos de cargas e veículos. Os agentes tiveram apoio de policiais civis do Pará e Ceará, porque as investigações apontaram que criminosos desses estados estão escondidos no Rio de Janeiro. A ação foi marcada por uma intensa troca de tiros, que deixou um suspeito morto e outras seis pessoas feridas.
Entre as vítimas está Agatha Alves de Souza, de 22 anos. A jovem aparece em um vídeo que circulou nas redes sociais, sentada no chão, atrás de uma kombi, enquanto um homem grita que ela foi baleada, na Vila Cruzeiro. A vítima foi socorrida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), permanece internada em estado grave, nesta quinta-feira. Também foram levados para a unidade Tamires Silva Soares, Manuel Rodrigues de Sousa, Felipe Barcelos de Santana, Davyson Aquino da Silva e outro ferido não identificado, que já tiveram alta.
Além dos feridos, um criminoso morreu em confronto durante flagrante de roubo de carga e morreu no hospital. A ação terminou com 13 presos, entre eles um foragido de Minas Gerais, e com as apreensões de uma tonelada de drogas, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares, anotações do tráfico e 23 veículos roubados. Os agentes ainda estouraram um call center do crime, dois locais de refino de droga e uma loja de um receptador ligado a liderança do tráfico.
*Com informações O Dia
Nos siga no BlueSky AQUI.
Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.
Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.