'Playba' bolsonarista toca o terror em Brasília
Por Helcio Albano
Nesta segunda (12), horas depois da diplomação de Lula na sede do TSE como 39º presidente da República, uma horda de meliantes bolsonaristas tocou o terror na capital federal. Ninguém foi preso.
Com isso, foi criado um novo tipo de manifestante: o "terrorista do bem", que a polícia não amola. E a lei - ora! "Perdeu, cidadão!", diria o incendiário que jogou um ônibus do viaduto que liga as extremidades norte e sul da cidade até o Eixo Monumental.
Vamos à cronologia dos fatos. O capeta, depois de um silêncio de 40 dias (seria um sinal?), resolve falar. E, de sua boca podre, exalar o fedor do golpismo que mobiliza e mantém o delírio fanatizado do gado nas portas dos quarteis e, agora, do Alvorada, novo point da vagabundagem:
"Nada está perdido. O final, somente com a morte. Quem decide meu futuro, para onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês", disse do Palácio o vagabundo-mor na última sexta (9), às vésperas da diplomação, preparando a baderna que vimos ontem.
A alegada reação à prisão do tal índio - que já retirado tudo que nele havia de ancestralidade xavante - foi um embuste narrativo e semiótico da bandidagem a mando do chefe pra radicalizar ainda mais os radicalizados, incluindo aí cabeças-ocas das próprias forças de segurança, que nada fizeram para reprimir o vandalismo tocado pela "playba" branca montada em reluzentes picapes Hilux.
Flavio Dino agiu rápido e, em coletiva, reforçou o que disse Moraes mais cedo no TSE: "Todo golpismo será castigado".
A ver.
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A pena prevista na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 para a prática de atos de terrorismo é de 12 a 30 anos de reclusão, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência.
A lei também prevê outros crimes relacionados com o tema.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.