PF e Dino negam acordo de delação de Ronnie Lessa
A única delação foi feita em julho do ano passado com o ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o carro que levou Lessa ao local do crime
Em nota divulgada na noite desta terça-feira (23), a Polícia Federal (PF) negou que tenha feito um acordo de delação premiada com Ronnie Lessa.
Informações divulgadas pelo site The Intercept afirmam que Lessa teria firmado a delação com a PF - ainda não homologada pela Justiça - e apontado o ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Brazão, como mandante do crime.
Na nota, a PF ressalta que "até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário".
A única delação, segundo a PF, foi feita em julho do ano passado com o ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o carro que levou Lessa ao local do crime.
Mais cedo, o ministro da Justiça Flávio Dino já havia se antecipado e disse desconhecer que haja outra delação.
"Os desdobramentos dos atos daquele delação [de Élcio de Queiroz] podem levar, claro, a outras delações, eventualmente. Neste momento existe outra delação? Que eu tenha notícia, não. Não há nenhuma delação porque juridicamente só há delação, quando há homologação", afirmou Dino.
Caso tenha sido firmado o acordo de Ronnie Lessa com a PF, a delação precisa ser homologada pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Alinhado ao bolsonarismo, Araújo ainda não divulgou quaisquer decisões e nem se pronunciou sobre o caso.
A reação de Dino e da PF mostram a preocupação do Palácio do Planalto com o suposto vazamento das informações. Para o governo Lula, a divulgação de dados não oficiais podem prejudicar as investigações.
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