PEC do Bolsa Família: 331 votam pela dignidade dos brasileiros; 163 contra
- Jornal Daki
- 21 de dez. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de dez. de 2022
A bancada do PL Rio, com 11 parlamentares, foi quase unânime contra a proposta que alivia a penúria dos brasileiros mais pobres
Cláudio Figueiras

A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta (21), em segundo turno, o texto base da ampliação do teto de gastos que vai garantir o pagamento de R$ 600, com adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos, para quem é beneficiário do atual Auxílio Brasil.
Foram 331 votos favoráveis e 163 contrários à proposta encaminhada pela equipe de transição do governo ao Congresso como forma de cumprir a principal promessa de campanha de Lula (PT) ao Planalto: o retorno "turbinado" do Bolsa Família.
A matéria, conhecida como "PEC da Transição" ou "PEC do Bolsa Família", garante R$ 168 bilhões para as 23 milhões de pessoas beneficiadas pelo atual programa federal - que será extinto para o retorno do Bolsa Família - e investimentos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, por exemplo, estranguladas no orçamento apresentado pelo governo Bolsonaro para 2023.
Como houve aprovação de destaques ao texto apresentado na Câmara, a PEC retorna ao Senado, que deve aprovar e promulgar ainda hoje à noite a proposta para ser incluída no orçamento do ano que vem.
Votação
Apenas as bancadas do PL, Republicanos e do Novo, base de sustentação do governo Bolsonaro na Câmara, orientaram o voto contra a proposta.
Dos 77 deputados do PL, partido do presidente da república liderado pelo deputado gonçalense Altineu Côrtes (RJ), 60 votaram contra, 11 a favor, com 6 ausências.
A bancada do PL do Rio, com 11 parlamentares, foi quase unânime contra a PEC que alivia a penúria dos brasileiros em insegurança alimentar, com exceção do deputado Marcio Labre, que votou sim, contrariando a liderança.
Em julho deste ano, em pleno processo eleitoral, a bancada do PT votou em peso a favor da PEC apresentada pelo governo Bolsonaro que elevou o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e outras medidas eleitoreiras conhecidas como "pacote de bondades".
A recíproca desta vez não foi verdadeira.
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