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Ovos, picanha e inflação: o comerciante contra Lula

Foto do escritor: Jornal DakiJornal Daki

Por Helcio Albano

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O preço do café explodiu. E os agentes de mercado do produto dizem que é só o começo.


Motivos? Clima seco e quente, alta demanda internacional e estoque zerado.


Sabe por quê? Pelo desmonte da Conab por Bolsonaro em 2020 e, consequentemente, pelo fim da política de estocagem do governo federal pra garantir a estabilidade dos preços dos grãos - também arroz, feijão etc... - e segurar especulação e inflação dos alimentos.


Eu sei disso, você sabe? Não o culpo. 90% da população não têm a menor ideia disso. E o governo Lula parece não se preocupar em mantê-la informada, o que facilitaria muito o trabalho de combate à ignomínia fabricada do bolsonarismo contra o país.


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Ontem (8) passei num mercadinho do Porto Novo após o Programa Daki pra comprar ovo. Dentro do estabelecimento, um cartaz anuncia o produto como "Promoção da Picanha. 30 ovos R$ 25. Metade da cartela R$ 15." Uma peça de propaganda pronta, permanente, mexendo com objetividades e subjetividades contra Lula e o governo.


Comentários aqui e ali surgem sobre o [alto] preço das coisas, e o caixa-balconista-dono do estabelecimento com cara e sotaque nordestinos tasca, entre sarcástico e irônico:



"Tá caro? Compra em outro lugar mais barato. Como se a gente pudesse deixar de comer", crava o sujeito, como se tivesse acabado de ver o novo vídeo do Nikole, que também viralizou após a fala descontextualizada do presidente Lula.


O comerciante ainda vai além na crítica:


"Viu o rombo do governo? Aqui....", mostrando a "informação" num grupo de zap no celular, pra depois encerrar o assunto:


"PT nunca mais!", admitindo ser eleitor do coisa ruim.


Achou 2022 difícil? 2026 será a mais sangrenta das batalhas.


Plus

"30 ovos, 10 reais, 30 ovos...". Talvez nunca mais ouçamos isso do carro do ovo. Por diversas razões, mas principalmente climáticas e sanitárias.


Bônus

A gripe aviária se instalou entre nós e vire e mexe faz estragos direta ou indiretamente no mercado brasileiro, o que faz o preço dos ovos oscilar cada vez mais pra cima e muito raramente pra baixo.


Nos EUA, país que está entre os 5 maiores consumidores e produtores de ovos, a doença matou ou fez com que fossem sacrificadas mais de 17 milhões de aves poedeiras só de novembro pra cá, despencando a oferta de ovos nas prateleiras, o que consequentemente jogou o preço lá pra cima.


A dúzia, que custava US$ 2 (R$ 11) antes da crise, agora é vendida por US$ 10 (R$ 57).



Bônus-Track

No Brasil, além do clima ruim, gripe aviária, inflação das carnes e desregulação do estoque, agora temos no BBB-25 o fator Gracyanne Barbosa, musa fitness que tem inspirado o consumo de ovos pelos brasileiros, aumentando a demanda pelo produto.


Tá explicado.

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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

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