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Os seres humanos com suas atitudes animalescas

Por Rofa Araújo 



Foto: Reprodução
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Observamos muitas atitudes de certos seres humanos dignas de instintos animais como também podemos assistir outras dos chamados “seres irracionais” que deixam os racionais no chão por serem surpreendentes.


Não é à toa, polêmicas à parte, que muitos bichinhos de estimação são tratados melhor que muitos entes queridos e próximos por aí afora. São companhias importantes que fazem a diferença, ajudam em processos de solidão e depressão.


Ainda sobre as atitudes humanas que mais parecem àquelas próprias dos animais que agem por seu instinto natural, temos esses crimes por motivo torpe quando se comete um assassinato por ganância, por alguns reais, por ciúme passional ou por razões momentâneas que depois até há arrependimento, mas a pessoa terá de pagar pelo delito cometido. 


Qual será o motivo para uma ação repentina, chegando às últimas consequências? Pode ser trauma de uma vida inteira por algo ocorrido especificamente e que, se não tratado, pode ocasionar essas atitudes animalescas.



O que não faltam são exemplos tanto do humano agindo como animal quanto o contrário. Quem já não assistiu a uma notícia e uma dívida de R$ 5,00 que era cobrada há tempos e, chegando a um momento tenso e briga que culmina na morte do devedor por uma quantia tão ínfima. Tem a ver somente com esse valor menor ou por problemas pessoais na índole de quem cobra do outro e acha que matando resolverá a questão?


Em contrapartida, vídeos nas redes sociais mostram os seres considerados irracionais fazendo coisas consideradas praticamente impossíveis. Um determinado bicho da cadeia alimentar de outro salvando a vida de um filhote que ele mesmo matou, como uma onça para um macaco. A “mamãe pintada” cuidando do filhote que ela mesma deixou órfão. Surpreendente, mas perfeitamente possível e visto e viralizado em vídeos.


Atitudes muitas vezes são imprevisíveis, tanto para o bem quanto para o mal. Uma “tempestade em copo d´água” com algo tão simples e com uma reação tão desnecessária que não precisaria descambar para outro lado assim. O silêncio pode ser muitas veze a melhor resposta. Como diz uma velha máxima: o menos é mais, ou seja, menos resposta pode ter mais atitude e dar um tapa na cara.


E a respeito da relação homem-animais, Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, manifestou-se a favor do bem-estar dos animais e afirmou: “A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”. 


Leonardo da Vinci, que foi um polímata (pessoa de várias profissões), nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, disse certa vez: “Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e nesse dia, um crime contra um animal será um crime contra a humanidade”. Algo que se tornou mais que uma realidade.


E, encerrando esse tema para lá de atual, como uma frase muito dita ao longo os tempos, para nossa reflexão em tempos de certas atitudes dos chamados racionais: “Quanto mais conheço o ser humano, mais eu amo os animais”.


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.

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