Operação Bukele a todo vapor na sofrida América Latina
Por Helcio Albano
Pra quem não sabe, o Bukele aí do título é presidente de El Salvador que, segundo a imprensa dos mais variados matizes, tem impressionantes 90% de aprovação da população.
O motivo de tanto sucesso - a considerar as infos que chegam ainda um tanto truncadas - é a sua atuação implacável contra as gangues, exportadas dos EUA, que haviam tomado nacos territoriais expressivos daquele minúsculo país da América Central à base do medo, extorsão e terror.
O jovem presidente, de apenas 37 anos, decretou estado de exceção em 2022, após episódio mal explicado, dando todo o poder à polícia pra prender e arrebentar à vontade. Se bandido, ok. Se inocente, ok também (lembra alguma coisa?)
Em menos de 1 ano, mais de 65 mil pessoas - a maioria jovens, com corpos tatuados e cabeças raspadas - foram presas e, num show midiático, levadas e expostas acorrentadas nos pés e mãos para uma cadeia novinha em folha, daquelas de filmes distópicos de Hollywood.
Sucesso total de público e crítica, que abriu espaço até pra mudar a Constituição e dar a Bukele a reeleição. E advinha quem é o mais novo queridinho da direita brasileira e modelo a ser seguido? Ele, Bukele.
Ontem (9), no Equador, um candidato a presidente da direita moderada, que estava em 2º lugar nas pesquisas, foi assassinado. Tudo sinalizava vitória fácil em 1º turno da candidata de esquerda.
Após a execução, um grupo de homens encapuzados e armas em punho, que se dizem de uma facção criminosa, reivindicou o atentado.
O Bukele do Equador sorri.
Deus salve a latinoamérica...
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.