Oficial da PM é preso por espancar namorada também da corporação
Acusado alegou ter tido um surto e está internado sob custódia no hospital PM
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Um tenente da Polícia Militar foi preso sob acusação de ter agredido a namorada, que também é uma oficial da corporação. Vítima e acusado estão internados no Hospital Central da PM, no Estácio, sendo que ele teve prisão temporária decretada pela Justiça e está sob custódia. As agressões aconteceram no domingo, em Campo Grande. O caso da mulher, atingida no tórax e no rosto, é considerado grave.
O homem alegou que estava em surto, por isso está passando por avaliação psiquiátrica na unidade. O acusado foi identificado como Gerson Freire de Amorim Neto, de 35 anos, lotado no 39º BPM (Belford Roxo). Em entrevista ao "RJTV". da TV Globo, a porta-voz da PM, tenente-coronel Claudia Moraes, disse que a corporação vem acompanhando o caso e está dando assistência à vítima desde o fim de semana, quanto ocorreu a agressão.
—Lamentavelmente estamos aqui numa situação de violência doméstica envolvendo policiais militares, uma na condição de vítima e outra na de agressor. Esse caso aconteceu no domingo e desde então toda estrutura da Polícia Militar vem atuando para fazer a assistência dessa policial e também localizar e responsabilizar esse agressor — disse.
Em depoimento, o irmão da vítima disse que ela já havia sido agredida anteriormente por Gerson e que as agressões ocorriam há mais de dez anos. Uma delas aconteceu quando os dois ainda estavam no curso de formação de oficiais. Na ocasião, a mulher teria sido atacada com mordidas. Na mesma época, o agressor teria apagado um cigarro no corpo dela. Depois disso os dois chegaram a ter outros relacionamentos.
Claudia Moraes, disse também na entrevista que o policial já respondia a um procedimento administrativo disciplinar, por esse motivo, e era avaliada a possibilidade de exclusão dele dos quadros da corporação. Disse ainda que a vítima vinha sendo acompanhada internamente e pela Patrulha Maria da Penha.
—Quando falamos de violência doméstica, esse é um ponto que afeta todas as mulheres independente de classe social ou profissão. Estamos diante do quadro de uma mulher que tem o poder de polícia, mas que na condição de violência de gênero isso pouco importa — completou a porta-voz da PM, acrescentando que, por se tratar de lesão corporal grave, que é de ação penal incondicionada, a ação da Justiça e da Polícia Militar independe da vontade da vítima de representar ou não contra o agressor, como era o caso da oficial.
A vítima serve na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (Padre Miguel).
Nota da PM
"Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, no domingo (23/6), equipes do 40ºBPM foram acionadas ao bairro Campo Grande onde uma policial militar relatou que foi agredida pelo seu companheiro, também policial militar. A vítima foi socorrida ao Hospital Municipal Albert Schweitzer e transferida para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), onde permanece internada. O agressor está custodiado no HCPM, em prisão temporária decretada pela justiça, aguardando avaliação psiquiátrica.
A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), através do Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher, instaurou um procedimento apuratório em paralelo às investigações da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM)."
*Com informações Extra
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