OAB homenageia profissionais da imprensa em São Gonçalo
Por Helcio Albano
Uma vez uma figura, que tenho em mais alta conta, disse-me que a pujança de uma cidade se afere a partir de sua produção cultural e do vigor (ou não) de sua imprensa.
Em São Gonçalo, a Cultura sempre foi imensa; e a imprensa, historicamente, minúscula. Com um pequeno interregno à essa regra, enquanto existiu o Nosso Jornal de Notícias (1992-2007). Que foi, de fato, a primeira empresa jornalística do município, com todas as condições necessárias para sê-lo. Entre elas, dois tipos de autonomia: editorial e financeira, com o plus definitivo de ter tido função social.
Outros veículos, na ativa atualmente, anteriores, contemporâneos ou que vieram depois do NJ, sobrevivem como podem. Até mesmo o mais antigo deles, O São Gonçalo, que subsiste debaixo do guarda-chuva da Fundação Universo mesmo após inúmeros passaralhos. E, que agora tem - veja você! - como sede do quase centenário jornal, a cidade de Niterói. Suprema ironia.
E estes, que "sobrevivem como podem" - incluindo esse caboquim que vos escreve -, serão homenageados nesta sexta (4) pela OAB, às 17h30 como Personalidades da Imprensa. Jornalistas, comunicadores e "influencers" de São Gongon, das mais diversas orientações e motivações ideológicas, estarão lá, recebendo das mãos da presidenta da Ordem, Andreia Pereira, uma placa de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na cidade ao longo dos anos.
Volto à OAB 15 anos depois de ter montado sua Assessoria de Comunicação e Imprensa, hoje mais do que consolidada e necessária, não só pra comunicação interna, mas também com a sociedade. Taí uma coisa que me orgulho muito de ter realizado.
Obrigado OAB. Gratidão São Gonçalo.
Plus
O sujeito da mais alta conta do início da Coluninha, é nada mais nada menos que o responsável pela única experiência de empresa jornalística na cidade: Rujany Martins, que também será homenageado na noite de hoje.
Bônus
A inexistência de uma imprensa forte em São Gonçalo tem a ver, óbvio, com a sua debilidade econômica, que impossibilita a existência de um mercado de opinião e de notícias livre das amarras do poder e dos interesses políticos, seja da prefeitura, da Câmara ou de partidos.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.