O que o fiasco do bozo, a Selic e a isenção do IR têm em comum?
Por Helcio Albano

A Política é realmente fascinante. Nesta semana ocorreram três eventos que aparentemente podem ser díspares, mas estão profundamente interligados.
O primeiro, em Copacabana. O fiasco da manifestação pró-bandidagem do 8J deixou o bozo nu e na chuva. E abandonado no Brasil pelo próprio filho bananinha, que fez valer o que aprendeu em casa e fugiu como rato covarde e chorão pra Miami.

Na terça (18), o presidente Lula sai bem na foto entregando ao presidente da Câmara Hugo Motta (Rep) o projeto de lei de iniciativa do governo que isenta o pagamento do Imposto de Renda (IR) pra quem recebe até R$ 5 mil e dá desconto especial a quem recebe até R$ 7 mil. A medida impacta diretamente R$ 20 milhões de brasileiros que, na prática, terão no fim do ano um "14º salário".
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Na quarta (19), porém, reunião do Copom elevou a taxa Selic pra pornográficos 14,25% anuais, o que inviabiliza o crédito pra investimento produtivo e aprofunda o endividamento familiar com bancos e também da União com credores da Faria Lima, que mais uma vez lambem os beiços depois de uma bela golada num Romanée-Conti.
Os três eventos são expressões inequívocas da democracia, que tem se mostrado funcional e resiliente.
O Judiciário faz o seu papel, que se reflete na Política. Congresso e Executivo, mesmo aos solavancos, dialogam e avançam, assim como os homens maus do mercado financeiro estão livres pra cometerem suas maldades e chantagens. Dá raiva, mas faz parte do jogo.
Se ganha, se perde, mas se avança.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.