O que levou Valdemar a cair no canto da sereia golpista?
Por Helcio Albano
Tem um ditado meio batido que diz que "se não quer se queimar, não brinque com fogo". Há pelo menos 6 anos o Brasil pega fogo e o que mais o bolsonarismo instalado no poder fez foi criar ainda mais labaredas para, ou suprimir de vez o Estado Democrático de Direito no país, ou lhe alcançar. E, para o bem geral da nação, foi isso que aconteceu.
Ontem (23), como previsto nessa Coluninha, o ministro-presidente do TSE, Alexandre de Moraes – em ato contínuo ao despacho que dera provocado pelo PL, que contestava o processo eleitoral – mandou indeferir a ação "esdrúxula" do partido na Corte, aplicar multa de R$22,9 mi e bloquear o fundo partidário de PL, PP e Republicanos, que formaram a coligação em torno de Bolsonaro. Acabou a palhaçada!
Vale muito a pena ler toda a decisão do ministro. Além de ser tecnicamente impecável, é como se fosse um expurgo do modus operandi miliciano que dominou grande parte da política e impregnou as instituições brasileiras nos últimos anos.
Algo que se comprova tão avassalador, que vergou às suas vontades e caprichos até a raposa das raposas do centrão, ele: Valdemar Costa Neto. Impressionante!
O que se pergunta em Brasília é: como Valdemar foi cair nessa esparrela golpista? Burrice? Duvido. Razões que até a razão desconhece? Um encontro casual em Mogi das Cruzes com a rapaziada de Rio das Pedras?
O fato é que, com essa, o presidente do PL conseguiu toda a classe política se voltar contra ele, que não quer vê-lo pintado de ouro na frente.
Ou coisa pior.
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E por falar nisso...
Do DCM:
Na manhã desta quinta-feira (24), o pastor Marcos Pereira, presidente do Republicanos, informou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os recursos de seu partido não sejam bloqueados devido à ação movida pelo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o PL, com questionamentos às urnas eletrônicas.
“Não tenho nada a ver com isso, só está ali por uma formalidade. Eu não fui consultado se era para entrar com essa ação ou não. E, se fosse, teria dito que não. Nós não comungamos dessa opinião", disse.
(...)
Te cuida, Valdemar!
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.