O que as tragédias do Camarão e Bichinho nos ensinam? - por Helcio Albano
Num espaço de apenas três dias, dois casos trágicos se encontraram em São Gonçalo e desde então disputam o noticiário, não só local, mas nacional.
O primeiro, envolve a família da PM Rhaillayne Mello, 30 anos, que por volta das 8h da manhã de sábado (02) matou a tiros a irmã Rhaynna, 23, num palco de tragédias já famoso na cidade, o Posto Camarão.
O segundo caso ocorreu na Estrada dos Bichinhos, em Meia Noite, às 5h da manhã desta segunda (04). O animador de festas infantis e cosplay da Marvel, Emerson Bucker, 31, matou a marretadas os pais dentro da própria casa.
O que há de comum entre os dois casos? Relatos de familiares e peritos da Polícia de surtos, psicoses e traumas familiares que acometiam os acusados no momento dos assassinatos.
Rhaillayne vivia às voltas com problemas administrativos e judiciais com a PM, que não a considerava apta às funções de policia devido à vida social pregressa e histórico de brigas com o pai. Após 12h de bebedeira e uma discussão banal, atirou com uma Glock.40 no peito da irmã, que caiu morta.
Emerson, figura fácil das ruas do Alcântara fantasiado de Homem Aranha e Capitão América, teria surtado com o fim do casamento ao descobrir que o filho que tinha com a mulher não era biologicamente dele. Ele chegou a ser internado por três vezes. Ao pressentir que seria internado de novo, cometeu o ato final contra os pais.
Ninguém tá livre disso, amigo.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.