O neoliberalismo e o bolsonarismo cobram seu preço no RS
Por Helcio Albano
O Rio Grande do Sul está debaixo d'água. Estima-se mais de 200 mortos. Levando em conta as oficiais e os desaparecidos. A alta pressão atmosférica do Centro-Oeste e Sudeste d@s "nin@s" gerou uma super onda de calor que serviu de paredão pra frente fria de origem meridional, fazendo com que toda a precipitação ocorresse no estado.
A chuva, de proporções diluvianas, caiu de uma vez só num intervalo de uma semana. Esse é o novo normal climático que as autoridades gaúchas já tinham conhecimento desde a última tragédia em 2023, munidos de informações de centros sérios de monitoramento científico.
O RS já foi um estado de grande tradição progressista e de esquerda. Lá é a terra de Getulio, Brizola e Olívio. Abriga uma brava gente, organizada a partir da agricultura familiar e da pequena indústria. Desde os anos 50, as empresas públicas sempre tiveram um papel de destaque no planejamento e na gestão dos serviços públicos. Seja na área produtiva, de energia ou hídrica.
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Mas o neoliberalismo é um câncer. E a ultradireita bolsonarista sua metástase, com suas mentiras criminosas e assassinas. O queridinho da mídia, Eduardo Leite, veio para destruir o RS. Sua política de desregular geral a legislação ambiental e vender tudo que é público no estado pra agradar o "mercado" agora cobra o seu preço.
Em Porto Alegre, o prefeito bolsonarista, Sebastião Melo, sabotou a empresa que administrava o complexo e sofisticado sistema de comportas criado nos anos 70 que protegia a cidade das cheias do rio Guaíba. O cara simplesmente parou de fazer manutenção no sistema desde 2021. O famoso sucatear pra vender.
E saber que Melo ganhou da Manu Dávila acusando-a de querer implantar o "kit gay" nas escolas.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.