O MUVI e o viralatismo que sequestra gonçalenses
Por Helcio Albano
No fim de setembro o governo do capitão Nelson (PL) anunciou o início das obras do MUVI (Mobilidade Urbana Verde Integrada). O projeto é um corredor viário BRS de 13km que ligará Neves a Guaxindiba através da antiga linha férrea, desativada em 2004.
A obra, de acordo com o cronograma de execução, custará R$ 262 milhões. A maior parte da grana sairá do governo do Estado. Cabendo à Prefeitura bancar as indenizações das desapropriações. A estimativa é de um custo final de R$ 380 milhões.
Deste preâmbulo afirmo o seguinte: o MUVI é uma estupidez desde a sua concepção e um monumento ao viralatismo gonçalense. Não propõe um outro modal de mobilidade de longo trajeto além do ônibus. E muito menos se integra de modo alternativo à Niterói. A fim de, por exemplo, amenizar o problemático trânsito no Barreto.
Esse tipo de coisa denuncia a profunda incapacidade do atual governo em buscar uma governança metropolitana e solidária com as cidades vizinhas. É lamentável.
Seria bem-vindo a São Gonçalo um projeto que deixasse a cidade menos hostil aos seus moradores. Neste sentido, transformar esse espaço num grande corredor de convivência, arborizado, de lazer e entretenimento.
Uma proposta que tenha a prevalência de ciclovia/ciclofaixas, quiosques e trechos comerciais temáticos de venda de produtos sustentáveis e pontos de apresentação artístico-culturais, sobretudo nas estações abandonadas, que levem em consideração a vocação do município: FAZER FESTA!
E importante: sem perder de vista o Metrô ou VLT.
Plus
Colocar linha de bonde, nem que seja num trecho pequeno, seria uma bela homenagem à Memória e História de São Gonçalo.
Siga @helcioalbano
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.
Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.