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O MUVI e o viralatismo que sequestra gonçalenses

Por Helcio Albano

O projeto foi apresentado na Câmara em 2021/Foto: Divulgação
O projeto foi apresentado na Câmara em 2021/Foto: Divulgação

No fim de setembro o governo do capitão Nelson (PL) anunciou o início das obras do MUVI (Mobilidade Urbana Verde Integrada). O projeto é um corredor viário BRS de 13km que ligará Neves a Guaxindiba através da antiga linha férrea, desativada em 2004.


A obra, de acordo com o cronograma de execução, custará R$ 262 milhões. A maior parte da grana sairá do governo do Estado. Cabendo à Prefeitura bancar as indenizações das desapropriações. A estimativa é de um custo final de R$ 380 milhões.


Deste preâmbulo afirmo o seguinte: o MUVI é uma estupidez desde a sua concepção e um monumento ao viralatismo gonçalense. Não propõe um outro modal de mobilidade de longo trajeto além do ônibus. E muito menos se integra de modo alternativo à Niterói. A fim de, por exemplo, amenizar o problemático trânsito no Barreto.



Esse tipo de coisa denuncia a profunda incapacidade do atual governo em buscar uma governança metropolitana e solidária com as cidades vizinhas. É lamentável.


Seria bem-vindo a São Gonçalo um projeto que deixasse a cidade menos hostil aos seus moradores. Neste sentido, transformar esse espaço num grande corredor de convivência, arborizado, de lazer e entretenimento.


Uma proposta que tenha a prevalência de ciclovia/ciclofaixas, quiosques e trechos comerciais temáticos de venda de produtos sustentáveis e pontos de apresentação artístico-culturais, sobretudo nas estações abandonadas, que levem em consideração a vocação do município: FAZER FESTA!


E importante: sem perder de vista o Metrô ou VLT.


Plus

Colocar linha de bonde, nem que seja num trecho pequeno, seria uma bela homenagem à Memória e História de São Gonçalo.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.




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