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O MUVI e as prioridades do capitão

Por Helcio Albano

Material de divulgação da PMSG
Material de divulgação da PMSG

O Muvi, esse monumento à estupidez que vai nos custar por baixo uns R$ 300 milhões (fora os aditivos), já começa a tomar corpo na antiga via férrea que cortou a cidade até o último e melancólico apito de trem em 2006, quando o serviço foi desativado.


Os doutos senhores, que poderiam com a bufunfa resolver de uma vez por todas os problemas de alagamentos e enchentes que todo ano maltratam o município, estão decididos a ir em frente com uma obra totalmente desnecessária e inútil. A intervenção não irá resolver o problema do trânsito, que depende de uma pactuação metropolitana e regional que "dilate" os "funis" do Alcântara, Barreto e da RJ 104.


O MUVI, um BRS vagabundo de Neves a Guaxindiba com ciclovia integrada, segundo o projeto, nem sequer vai absorver o trânsito das vias centrais porque estas sofrem influência dos mesmos funis que retêm o tráfego.



Bom, mas para que diabos servirá essa obra, que se arrasta pelo menos desde o governo Panisset? Eu quero acreditar que o atual governo seja apenas preguiçoso e sem imaginação por ter herdado um projeto já rubricado pelo governo do estado com recursos garantidos, mas infelizmente não é isso o que acontece. Se qualquer gonçalense for perguntado qual a prioridade de investimento na cidade, tenho certeza que ninguém vai apontar o MUVI.


Agora, ano que vem tem eleição, e tanto político que tá no poder quanto eleitor, têm fetiche por tapume e barulho de obra. Isso é fato. Fora as diversas oportunidade$ que surgirão na cidade, não é mesmo?


Ai de ti, São Gonçalo...


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.


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