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O mercado reage negativamente; dólar fecha em R$ 5,98 diante do pacote de governo


Foto: Reprodução

O dólar fechou em alta de 1,30%, e renovou o maior valor nominal da história: R$ 5,98. Ao longo do dia, a moeda americana bateu os R$ 6 pela primeira vez na história. A disparada foi uma reação dos investidores ao pacote de corte de gastos do governo federal e a isenção do Imposto de Renda para contribuintes que ganham até R$ 5 mil.

Para economistas, os cortes de gastos anunciados pelo governo são insuficientes para garantir o cumprimento da meta fiscal e não eliminam os riscos da trajetória da dívida pública. Para Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, as ações anunciadas por Haddad são positivas, em geral, colaborando para o ajuste das contas, entretanto, “são insuficientes para produzir um resultado primário adequado à meta estabelecida em lei”.


Segundo ele, o pacote fiscal produzirá economia de 62,7% do estimado pelo governo. Ele acredita que os efeitos fiscais são menores do que os esforços requeridos para se cumprir a meta fiscal do ano que vem.


“Nossa avaliação é que o efeito fiscal será de R$ 19,2 bilhões, em 2025, e de R$ 25,9 bilhões, em 2026, totalizando R$ 45,1 bilhões. Esse montante é inferior ao esperado pelo governo, mas é relevante e está na direção correta.”

Com a frustração do mercado, o J.P. Morgan envio nota em que projeta uma alta da Selic de 1 ponto percentual na reunião de dezembro e uma taxa que alcança os 14,25% no meio do ano que vem, de uma projeção anterior de 13%. Para os economistas, “o anúncio fiscal desta semana refutou essa suposição, um desenvolvimento que provavelmente levará o BC a aumentar as taxas ainda mais acima de 13% — e em um ritmo mais rápido do que esperávamos até o momento”.


Levantamento da agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central do Brasil (BC) revela que o real é a oitava moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em 2024. Hoje, a queda acumulada do real no ano chegou a 19,1%. Os dados mostram que a moeda do Sudão do Sul foi a que mais se desvalorizou este ano, com perdas de 69,80%. Na sequência, estão as moedas da Etiópia e da Nigéria, com quedas de 56% e 47%, respectivamente.


Ocupa a outra ponta a moeda do Quênia, que se valorizou 21,20% no ano, seguida pelas moedas do Sri Lanka e da Libéria, que avançaram 11,40% e 8,30%, respectivamente.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, teve mais uma forte queda. Por volta das 17h, o índice recuava 1,84%, aos 125.317 pontos, na mínima do dia. O índice acumula um recuo de 4,85% no ano.



*Com informações Metrópoles

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