O figurino liberal não combina com catástrofes
Por Helcio Albano
À medida que o tempo passa vamos tendo uma dimensão mais exata da catástrofe que se abateu sobre o RS. Este mesmo que vos escreve foi diretamente impactado pela tragédia gaúcha. A gráfica que presta serviços à nossa editora foi completamente engolida pelas águas do Guaíba em Porto Alegre. E o maquinário a laser, ultramoderno, importado da Alemanha, foi todo perdido.
Não há previsão de retorno de suas atividades. E agora os controladores da empresa esperam abertura de linha de crédito para repor os equipamentos perdido, tocar a vida e salvar empregos. De preferência longe do rio. E vocês acham que Itaú ou Bradesco farão isso? Ou algo de magnânimo e desinteressado será feito pela iniciativa privada? É claro que não!
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Os aportes virão do poder público, obviamente. Como os R$ 6 bilhões anunciados ontem (14) por Dilma Rousseff, via banco dos Brics, e os outros tantos bilhões de recursos já antecipados pelo governo Lula, que instituiu uma autoridade federal para coordenar e agilizar as ações no estado que, pelas previsões, levará mais de uma década para se reerguer.
Pois bem. Quem acompanha a gestão da tragédia no RS, além de esbarrar em muita desinformação, se dá conta da total falta de capacidade do governador em conduzir o processo. O figurino liberal de Eduardo Leite pode ser bonitinho e cheiroso em tempos normais, mas não cabe em catástrofes onde o Estado deve ser máximo, e não mínimo.
Em entrevista à Band o rapaz teve a pachorra de dizer que as doações atrapalham o comércio local. Ele deve ter se referido à lanchonete do Sr. Siriguejo. Só pode.
Esse é o nível, pessoal.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.