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O autismo não termina na adolescência - Relato de uma mãe atípica

Por Gisele Paranhos


Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Bem no início do meu caminho, eu tentei não pensar sobre esse momento. Eu tinha medo e preocupação.

Tentei por diversas vezes viver um dia por vez, mas essa sensação me amedrontava e eu me desesperava.

Vivi minusculamente cada segundo de um autismo severo, sem conhecimento e sem oportunidades.

Me entreguei profundamente, me anulei e adoeci. Adoeci ao ponto de negligenciar a maternidade da minha primogênita, hoje com 20 anos e recém diagnosticada autista leve, suporte nível 1 (mas isso é assunto para outro texto).

Renasci e morri por diversas vezes nesse trajeto.

Talvez eu tenha projetado esse momento sem perceber. Ter mudado a rota desse autismo, lá no início da vida do Guilherme, trouxe mudanças para a adolescência.

Hoje, fazendo uma retrospectiva de 14 anos, posso dizer que vivi o dobro. Eu tenho essa sensação desde sempre.

Durante a pandemia, eu vi o meu menino se transformar: eu o vi crescer, vi sua voz mudar, os pelos aparecerem. Vi também os hormônios gritarem com força.



Enquanto sentíamos medo do que estava acontecendo, eu tinha preocupação de tudo o que meu filho estava deixando de realizar.

Mas esse autismo de muitos ''autismos'', foi atravessado com muito afeto, dedicação, renúncia, amor...

Hoje, o adolescente Guilherme vem conquistando vários podiums (quem o conhece sabe que ele adora medalhas).

No último ano ele teve conquistas bem importantes.

Aprendeu a nadar, pular com os dois pés, concluir tarefas em casa, responder perguntas com maior clareza, saber o que quer, saber limitar seu espaço, escolher suas roupas, aumentou ainda mais seu repertório do que comer, muitas habilidades adquiridas.

Tudo isso com uma alimentação afetiva, suplementos, terapias e uma força tarefa de categoria.

Quando eu vejo que existem pessoas que acreditam que o autismo termina na adolescência, que chegamos no fim, eu preciso informar que: autismo não tem cura, ok?!! Tem tratamento, eles crescem e envelhecem.

Por aqui estamos preparados para essa fase e para as próximas que virão.


Gisele Paranhos

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