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Moro embolsa R$ 3,5 milhões de empresa e, cínico, diz: 'Não enriqueci'

Escândalo: Ex-juiz que quebrou empresas na Lava Jato foi contratado por consultoria que recupera judicialmente essas mesmas empresas

Conta outra, varão!  Evaristo Sa/AFP
Conta outra, varão!  Evaristo Sa/AFP

Fórum - O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, pré-candidato à presidência pelo Podemos, minimizou o supersalário que recebia na consultoria jurídica Alvarez & Marsal durante live realizada ao lado do deputado federal Kim Kataguiri (DEM), expoente do MBL. Moro recebia aproximadamente R$ 10 mil por dia na consultoria estadunidense.


“Basicamente eram 45 mil dólares por mês. Eu recebi parte disso aqui em reais, no Brasil, enquanto não estava com visto nos Estados Unidos, e depois passei a receber lá diretamente”, disse Moro na live. Segundo ele, com os descontos, ele recebia 24 mil dólares por mês.


Moro também confirmou que recebeu cerca de 150 mil dólares já na assinatura do contrato. O contrato previa duas formas remuneração: o ex-juiz tinha um salário mensal e, também, ganhou esse bônus de assinatura, que recebeu logo quando entrou na empresa.


No recibo divulgado pelo ex-juiz aparece a quantia de 45.833 dólares mensais, pagos em 11 meses. Com o bônus, o valor chega a 656 mil dólares. O montante se converte em R$ 3,5 milhões. Esse salário milionário representa um soldo de cerca de R$ 10 mil por dia.



Durante a live, o ex-juiz ainda tentou minimizar o montante. “Não enriqueci. Trabalhei e recebi um bom salário, nos padrões dos Estados Unidos”, afirmou. Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal inicialmente para atuar no Brasil, pois não tinha visto de trabalho nos EUA. Depois, foi transferido para Washington.


Moro aproveitou também a oportunidade para provocar o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-ministro cobrou que ambos prestassem contas. Nesse momento, resgatou os processo do Sítio de Atibaia e do Tríplex do Guarujá, ambos anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – por parcialidade de Moro – e pela Justiça do Distrito Federal.


O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o contrato do ex-juiz com a Alvarez & Marsal.

 

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