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Ministério quer mudar gestão de hospitais federais no Rio; Sindsprev critica



Apesar dos mais de 400 leitos fechados, o Ministério da Saúde estuda mudar a gestão de outras unidades da rede federal no estado

Depois de quase um mês da transferência da administração do Hospital do Andaraí para a Prefeitura do Rio, o Ministério da Saúde estuda mudar a gestão de outras unidades da rede federal no estado, apesar dos mais de 400 leitos fechados. As informações são da CBN Rio.


O Gafreé e Guinle seria unido ao Hospital dos Servidores, no mesmo prédio, no bairro da Saúde. As duas unidades virariam uma só, sob a administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que é vinculada ao Ministério da Educação e atualmente administra mais de 40 hospitais universitários federais no país. O Hospital de Bonsucesso iria para o grupo hospitalar Conceição, do Rio Grande do Sul; e o Cardoso Fontes, também para a Prefeitura do Rio.



No hospital do Andaraí, 29 leitos estão fechados por falta de profissionais, sendo 13 de UTI. A emergência também está fechada. No hospital de Bonsucesso, o número é bem maior: 196 leitos impedidos de uso, o que representa 47% do total de leitos da unidade.


O Gafreé e Guinle tem 10 leitos fechados — ele seria unido ao hospital dos Servidores, que tem 74 fora de uso. O Cardoso Fontes, que iria para a prefeitura do Rio, tem 38 leitos fechados, a maioria por falta de médico. Já hospital da Lagoa tem 69 leitos impedidos de uso. No total, 416 leitos da rede federal estão fechados em hospitais no Rio.


A prefeitura e Ministério da Saúde ainda não assinaram um acordo de cooperação técnica que vai definir as regras do convênio para o hospital do Andaraí.



Secretaria de Saúde anuncia contratação de mil funcionários


A Secretaria Municipal de Saúde informou que a Rio Saúde — empresa pública da prefeitura — fará a contração de mil funcionários. A Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores contesta as contrações da Rio Saúde. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde entrou com uma ação na Justiça Federal.


A diretora do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo, diz que o município do Rio não tem gestão em alta complexidade para gerir o hospital do Andaraí e afirma que é preciso investigar a possível fusão de outras unidades.


"A gente tem tudo isso registrado. A incapacidade do município de gerir os seus leitos, querer agora se aflorar a gerir leitos de alta complexidade, cujo Tribunal de Contas do município, em 2019, já deu, em relatório, a sua negativa desse procedimento. O município não tem gestão em alta complexidade, que é uma política nacional especializada, e as outras tratativas são tratativas que carecem, inclusive, de investigação" criticou Christiane Gerardo.


"Você tirar o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle de dentro da estrutura daquele prédio, que realmente é um prédio antigo, para você passar para um outro prédio antigo, com também problemas estruturais, é preciso se investigar o que está por trás disso", finalizou Gerardo.


A ministra Nisia Trindade informou, em 28 de junho, que apresentaria um programa de reestruturação dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Um comitê gestor trabalha nos problemas identificados pela pasta, que anunciou parcerias com a Prefeitura do Rio, com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a Fiocruz e o Grupo Hospitalar Conceição, mas as novas medidas não foram anunciadas.


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